BRB

9 de Junho de 2015 às 12:58

Paralisação de 24h no BRB tem adesão massiva dos bancários

Paralisação

Divulgação

Brasília - Mobilizados e decididos a lutarem por seus direitos que estão sendo usurpados pela atual diretoria do BRB, bancárias e bancários da instituição financeira fizeram uma forte paralisação nesta segunda-feira (8). A quase totalidade dos mais de 100 pontos de atendimento, além da TI, aderiu ao movimento. A categoria reivindica o pagamento imediato da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao segundo semestre de 2014, que deveria ter ocorrido em abril passado.

A adesão massiva das bancárias e bancários do BRB à paralisação de 24h é uma prova da decepção e insatisfação da categoria com a atual gestão do banco, que vem sacrificando todo o corpo funcional. A paralisação foi encerrada com ato público em frente ao Edifício Brasília, sede do BRB, localizada no Setor Bancário Sul. Na ocasião, os diretores do Sindicato e diversos delegados sindicais exigiram da diretoria do BRB o atendimento das reivindicações dos trabalhadores.

“O fim da paralisação de 24h não encerra nossa luta em defesa de todas as bancárias e bancários do BRB. Os delegados sindicais e o Sindicato continuarão juntos na construção de novas estratégias de mobilização para exigir da diretoria do banco o cumprimento do acordo coletivo dos trabalhadores”, afirmou o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.

Além do não pagamento da PLR, a paralisação ocorreu em função de outras situações no banco que têm gerado um clima de indignação entre os funcionários: a instituição da planilha de produção diária para os gerentes; a não efetivação dos gerentes de negócio aprovados em concurso interno; a não contratação de escriturários; a piora do atendimento com o novo encarteiramento que gerou perda de gerentes de negócios em diversos PAs; e, ainda, a reestruturação, na surdina, que está removendo funcionários da Direção Geral, e rebaixamentos abruptos como o ocorrido na TI, que, na terça-feira (2), teve 14 funcionários rebaixados, isto em plena discussão do novo encarreiramento da área.

Sindicato e bancários lutarão contra a privatização do BRB

A paralisação de 24h foi mais um passo na mobilização que agora agrega a luta contra o Projeto de Lei 467, do executivo local, que permite a venda de ações de estatais do DF, o que, na prática, permite a venda de mais da metade do capital do banco, abrindo espaço para sua privatização.

Na sexta-feira (5) foi reeditado o Fórum em Defesa das Estatais do DF, formado pelo Sindicato dos Bancários (representando o BRB), o Stiu, dos eletricitários (representando os trabalhadores da CEB) e o Sindágua (representando os trabalhadores da Caesb).

Na primeira reunião foram discutidas estratégias conjuntas para lutar contra o PLC 467, enviado para a Câmara Legislativa pelo governador Rollemberg. O projeto permite ao GDF vender participação acionária nas empresas BRB, CEB e Caesb. Conforme artigos do projeto, o governo pode vender toda a participação acionária representada por ações preferenciais e até 49% das ações ordinárias, que dão direito a voto nas assembleias das empresas. Por ele, a maior parte do capital destas empresas pode ser vendida, o que abre a porta para uma privatização efetiva.

Rodrigo Couto

Do Seeb Brasília

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