Campanha Nacional 2013

Andréia Cercarioli

Com uma vitória de mobilização, no 13º dia de greve, quase 100% dos bancários da Caixa Econômica Federal de Campo Grande-MS e Região aderiam à greve, em resposta aos banqueiros que se recusam em apresentar uma proposta decente. Os empregados estão demonstrando indignação com o bloqueio das negociações patrocinado pelos banqueiros.

No Centro Administrativo da Caixa, na avenida Mato Grosso, após convencimento todos os bancários que estavam em regime de contingência aderiram a greve hoje (02). Apenas estão trabalhando os gestores. Até os supervisores de canais que estavam realizando trabalho Centro Administrativo foram direcionados para suas unidades de origem, incluindo os assistentes da superintendência regional e a sala de habitação. Com isso são mais de 200 bancários do Centro Administrativo que aderiram à greve.

O único incidente foi com o bancário Carlo Patay que investiu contra o piquete e não aceitou o convencimento para aderir à greve.

O Diretor de Assuntos Jurídicos do SEEB/CG que também é empregado da Caixa ressaltou a importância estratégica da adesão maciça dos empregados das unidades do Centro Administrativo devido ao grande número de empregados no local bem como do impacto que representa no Estado, uma vez que mais de 20% dos empregados da Caixa no MS trabalham neste local. A Caixa não garantiu nem a PLR  Social na negociação desse ano e até o momento não apresentou nenhuma proposta para a pauta específica

A Caixa  Econômica Federal, apesar do lucro recorde registrado em 2013, se esconde entre os banqueiros privados da FENABAN e se nega a tratar as pautas específicas, independente de terem, ou não, impacto financeiro.. Seus funcionários, em greve desde o dia 19, não são os únicos que esperam respostas da instituição. Diferente dos bancos privados, a Caixa é um banco público, com um papel social a desempenhar, porém, os atuais gestores, escolhidos pelo Governo, parecem não ter sido avisados disso. Os absurdos remetem a práticas de qualquer banco privado que disputa negócios no Sistema Financeiro Nacional.