16 de Setembro de 2016 às 20:57

Mesmo com pressão, 11º dia de greve é intensificada em Campo Grande e região

Greve

Reginaldo de Oliveira / Martins e Santos Comunicação

A greve dos bancários – que começou no dia 06 de setembro e não tem data para acabar – chegou ao décimo primeiro dia com muita movimentação. Depois de mais uma reunião frustrada com a Fenaban nessa quinta-feira (15), o Comando Nacional dos Bancários orientou que a paralisação fosse intensificada, mas os bancos começaram a pressionar o movimento com ameaças e pressões por todo o Brasil, afirmou o presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten.

“Durante todo o dia, a nossa greve sofreu desrespeitosos ataques por todo o Brasil. Ameaças e pressões buscaram fazer com que os grevistas encerrassem seu protesto contra a ganância dos banqueiros. Não foram ações isoladas. Foi uma retaliação organizada pelos bancos pela recusa dos bancários e bancárias em aceitar resignadamente a redução dos seus salários. Foi mais uma ação antissindical infrutífera. Confundiram a sociedade, mas não nos derrotaram. Mais uma vez prevaleceu a vontade, a garra e a determinação de cada bancário e bancária. Nossa unidade nacional e mobilização. A greve aumentou”, salientou o presidente da Contraf-CUT.

Em Mato Grosso do Sul não foi diferente. O presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Edvaldo Barros, passou o dia visitando agências, conversando com os trabalhadores e explicando a postura de desrespeito que os banqueiros veem tomando com seus funcionários. “Vamos intensificar o movimento grevista e exigimos respeito dos banqueiros aos trabalhadores, clientes e demais usuários de banco”, afirmou.

Segundo Edvaldo Barros, várias denúncias chegaram ao sindicato de que gestores de bancos estariam pressionando os trabalhadores a voltarem ao trabalho. Ele afirmou que todas as denúncias serão apuradas e levadas ao Ministério Público: “Nós não vamos admitir que os trabalhadores sejam coagidos e forçados a trabalhar se não quiserem”.

A secretária geral do sindicato, Neide Rodrigues, também percorreu as agências para reforçar aos bancários que a greve é um instrumento legal de luta dos trabalhadores. “O assédio moral em cima dos funcionários já era grande e hoje se intensificou, muitos trabalhadores estavam amedrontados, mas não cederam a pressão por acreditarem nas reivindicações aprovadas em assembleia pela categoria”, disse Neide.

Negociações

Já foram realizadas até agora oito rodadas de negociação com a Fenaban, mas os banqueiros insistem no índice de reajuste de 7% - abaixo da inflação. A categoria reivindica 14,78% de reajuste, sendo 5% de aumento real.

Além do reajuste, a categoria pede: combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias; fim das metas abusivas e ao assédio moral; e auxílio educação.

Nesta sexta-feira (16), 138 unidades bancárias ficaram paralisadas em Campo Grande e região – uma adesão de 86%.

Por: Assessoria de Comunicação do SEEB-CG/Martins e Santos Comunicação

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