12 de Junho de 2017 às 09:52

Audiência Pública em “Defesa dos Bancos Públicos” acontece no dia 20

Audiência Pública

Com a intenção de conscientizar a população e a classe política sobre os impactos negativos da privatização de instituições públicas, como Caixa Econômica e Banco do Brasil, será realizada a Audiência Pública “Em defesa dos Bancos Públicos”, proposta pelo deputado estadual João Grandão e Sindicatos dos Bancários de Campo Grande-MS e Região e de Dourados-MS. A audiência acontece no dia 20 de junho, às 17h30, na Assembleia Legislativa.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Edvaldo Barros, os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento do Estado e do país e a privatização prejudica os bancários como também toda a sociedade. “O atual governo vem impondo ataques às empresas públicas e os bancos públicos não estão fora disso. Além de atender a população, esses bancos garantem investimentos para setores que bancos privados não têm interesse”, relata.

O Banco do Brasil, por exemplo, é o banco público que mais libera recursos para o financiamento da agricultura familiar, que é responsável por 70% da produção alimentar do Brasil. Já a Caixa Econômica é líder de financiamento da casa própria, com as melhores condições, prazos e taxas de juros. Desde 2009, com o Programa Minha Casa Minha Vida, foram entregues 2,6 milhões de moradias para as camadas de renda mais baixas.

A audiência pública terá a participação de entidades representativas dos trabalhadores do setor financeiro, instituições ligadas ao agronegócio, movimentos sociais, sindicatos, associações e federações que têm trabalhadores envolvidos ou que serão prejudicados com a privatização.

“Não é só uma discussão dos trabalhadores. Queremos conscientizar a sociedade e as organizações envolvidas para a defesa dos bancos públicos. Esperamos a adesão da classe política sul-mato-grossense para que faça a defesa e trabalhe em prol da sociedade”, ressalta Edvaldo Barros.

Impactos

Em 2015, 2,2 milhões de estudantes cursaram o ensino superior em instituições privadas por meio do FIES, que tem como agentes financeiros a Caixa e o Banco do Brasil. Isso significa que sem os bancos públicos, menos estudantes vão ter esta oportunidade.

Hoje as taxas juros da agricultura familiar financiada por esses bancos variam de 2,5% a 5,5% ao ano. Sem os bancos públicos, esse percentual sobe para 70%, ou seja, a comida vai chegar mais cara à mesa do brasileiro.

Sem programas como “Minha Casa Minha Vida”, o financiamento da casa própria também será mais caro. A privatização dos bancos públicos pode aumentar a desigualdade entre as regiões do país, reduzir os investimentos em infraestrutura e setores produtivos como a indústria e a construção civil.

Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação do SEEB-CG

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