21 de Junho de 2018 às 08:00

Bancários do BB discutem propostas para sustentabilidade da Cassi

Plano de saúde

O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região realizou, na noite dessa quarta-feira (20), o debate “Qual o futuro queremos para a Cassi”. No encontro, bancários da ativa e aposentados tiraram dúvidas sobre a sustentabilidade e gestão da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil e debateram alternativas para reduzir o déficit da Cassi, sem prejudicar os trabalhadores.

“Sabemos das tentativas de inviabilizar esse plano de saúde e, por isso, convocamos esse debate. O sindicato está junto com os trabalhadores do Banco do Brasil nessa luta. Nesta quinta-feira (21), iniciamos a Campanha Nacional dos Bancários e a primeira rodada de negociação com a Fenaban será no dia 28 de junho. E no dia 29, acontece a negociação de pautas específicas com o Banco do Brasil”, explicou o presidente do SEEB-CG, Edvaldo Barros.

A direção do BB apresentou propostas de alterações que quebram o princípio de gestão de paridade da Cassi, entre outros prejuízos aos bancários. “Hoje, são dois representantes eleitos pelo banco e outros dois pelos trabalhadores, que representam o corpo funcional. Ou seja, se não houver consenso, a proposta não avança. Mas o Banco do Brasil quer incluir na estrutura organizacional agentes de mercado alheios aos interesses dos bancários e implantar o voto de minerva favorável ao banco”, esclareceu o secretário de Assuntos Jurídicos do sindicato, Orlando de Almeida Filho, que é funcionário do Banco do Brasil.

 

Além do secretário de Assuntos Jurídicos, Orlando de Almeida Filho, e do presidente do sindicato, Edvaldo Barros, a mesa de debate foi composta pelo secretário geral, José dos Santos Brito, e o gerente estadual da Cassi e diretor da Unidas (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), Ricardo Ruz. A reunião contou ainda com a presença de outros diretores do sindicato e do representante da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (AAPBBMS), Nei Sant'Ana de Carvalho.

No Brasil, são 695 mil usuários da Cassi Família e Associados. Em Mato Grosso do Sul, são 8.476 beneficiados. Em 2017, o saldo das receitas líquidas da Cassi ficou negativo em R$ 7 milhões. Esse déficit já passou de R$ 80 milhões no primeiro trimestre de 2018.

Funcionário do Banco do Brasil há 35 anos, Adalberto Michel, participou da reunião e conseguiu informações que vão fortalecer a luta pela manutenção da Cassi. “A gente precisa saber a opinião do sindicato e das entidades como a Contraf e a Associação dos Aposentados. Ninguém quer perder a Cassi. Ninguém quer se eximir de contribuir para que a Cassi se mantenha, mas tem que ser de uma forma bastante clara e consciente, por isso, precisamos do debate, que começa aqui, pela base”, avaliou.

 

A Caixa de Assistência acumula sucessivos resultados deficitários desde 2012 devido ao desequilíbrio entre receitas e despesas assistenciais provocado, por exemplo, pela aquisição de medicamentos novos e adesão de novas tecnologias, segundo o gerente estadual da Cassi, Ricardo Ruz, que fez uma apresentação durante a reunião. “Este tipo de iniciativa é fundamental para esclarecer os bancários sobre as dúvidas referentes ao modelo de gestão e sustentabilidade financeira da Cassi em um momento tão importante de decisão”, avaliou.

Resolução CGPAR 23

Outra ameaça aos direitos adquiridos pela categoria é a resolução 23 da CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União), que altera para pior os planos de saúde nas empresas públicas federais.

O documento determina a cobrança de contribuição por faixa etária e renda (derrubando o princípio de solidariedade); a paridade da contribuição (proporção de associado/banco passaria do atual 40/60 para 50/50); impede a entrada de novos associados; proíbe a manutenção do custeio pelo banco aos aposentados; entre outros pontos. A resolução já foi aplicada em concurso para contratação de 30 escriturários do Banco do Brasil, que não prevê a assistência à saúde. O edital foi publicado em março deste ano.

Uma consulta pública relacionada à resolução está disponível no site da Câmara dos Deputados. A consulta é referente ao Projeto de Decreto Legislativo 956/2018 (PDC 956/2018), de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), que pede a sustação da resolução.

O apoio dos empregados do Banco do Brasil, Caixa e de outras empresas públicas ao PDC 956/2018 é fundamental para impedir a efetivação dos prejuízos decorrentes da resolução.

Para apoiar o projeto que pede a sustação da resolução 23 da CGPAR CLIQUE AQUI e selecione a opção “Concordo”. Não é necessário se identificar.

Por: Adriana Queiroz/Martins e Santos Comunicação

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