9 de Agosto de 2018 às 08:38

Bancários rejeitam proposta da Fenaban e aprovam protesto na sexta

Campanha Nacional

Em assembleia realizada pelo Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, os bancários recusaram a proposta da Fenaban, que concede apenas a reposição da inflação por quatro anos para os salários, PLR e todas as verbas econômicas. A votação ocorreu na noite dessa quarta-feira (8) e a proposta foi rejeitada por unanimidade.

A assembleia foi conduzida pelo presidente do SEEB-CG, Edvaldo Barros, e os diretores José dos Santos Brito, Neide Rodrigues, Orlando de Almeida Filho e Jadir Fragas Garcia. “A gente já esperava essa rejeição porque é uma proposta que não contemplou a categoria bancária, que não atende as cláusulas econômicas, fora as outras questões como regime de contratação, saúde do trabalhador, segurança, vários outros temas que a Fenaban não trouxe resposta”, avaliou o presidente do SEEB-CG, Edvaldo Barros.

 

A inflação projetada para 1º de setembro, a data-base da categoria, é de 3,90%. O Comando Nacional considera a proposta dos bancos incompleta e insuficiente. Edvaldo explicou como foi a mesa de negociação da última terça-feira (7), a expectativa de uma proposta global que não foi apresentada e a recusa da Fenaban em assinar o pré-acordo para estender a validade da Convenção Coletiva (que expira em 31 de agosto) até que novo acordo seja firmado. Um ponto positivo é que os dirigentes sindicais conseguiram garantir que a Convenção Coletiva continue válida para todos.

O presidente do sindicato também informou que a votação da proposta apresentada pela Fenaban foi realizada nos sindicatos de todo o país. “Após essas deliberações, esperamos que na próxima reunião, no dia 17, seja apresentada uma proposta que possa realmente contemplar os anseios dos trabalhadores bancários”, pontuou.

Entre as reivindicações da categoria estão: aumento real de 5%; PLR de três salários mais R$ 8.546,64 fixos para todos; melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações.

Mesas específicas

O secretário de Assuntos Jurídicos do sindicato, Orlando de Almeida Filho, que é funcionário do Banco do Brasil, informou que os trabalhadores do BB estão sofrendo os impactos da reestruturação interna desde 2016, com diminuição do corpo funcional e fechamento de agências.

“Além disso, vivemos um momento muito difícil que são as mudanças da Cassi, que lá frente vão nos onerar financeiramente, e que o Banco do Brasil se recusa a debater na campanha salarial. Mesmo assim, vamos lutar pelo plano de saúde e pelas cláusulas econômicas com a expectativa de conseguir um aumento real, reeditar o acordo coletivo – que a gente conseguiu a duras lutas - e frear as políticas de desmonte dos bancos públicos”, explicou.

 

Em relação à Caixa Econômica Federal, o cenário também preocupa. De acordo com Jadir Fragas, que é secretário de Esportes e Lazer do SEEBCG-MS e funcionário da Caixa, as agências estão superlotadas, a estatal não contrata empregado há pelo menos 4 anos e não quer renovar o acordo coletivo.

“A Caixa quer renovar algumas cláusulas, mas outras que são essenciais, como o Saúde Caixa, ela propõe seguir as resoluções da CGPAR, que vai precarizar o plano de saúde, prejudicar o pessoal da ativa e os novos concursados, e não dá garantia que vai manter o plano de saúde para os aposentados”, comentou.

Entre os direitos ameaçados estão ainda o pagamento de horas extras, adicional de insalubridade e suplementação do auxílio-doença.

Protesto

O segundo tema em votação foi a adesão da categoria ao “Dia do Basta”, que será realizado na próxima sexta-feira (10). A maioria dos presentes votou pela participação dos bancários no movimento. A categoria vai atrasar a abertura das agências bancárias em uma hora, como forma de protesto à proposta apresentada pela Fenaban.

“Nosso objetivo é continuar mobilizando os trabalhadores e informar à população que nós estamos em campanha salarial e os bancos podem levar a categoria para a paralisação total, se não houver uma proposta condizente com os lucros que são aferidos pelo sistema financeiro”, esclareceu o presidente Edvaldo Barros.

Entre as reivindicações estão um basta para o desemprego, retirada de direitos da classe trabalhadora e de privatizações. “O movimento do dia 10 é importante porque, além da questão salarial, tem a defesa dos bancos públicos que servem para atender a população e as políticas públicas. Nós, como sindicato dos bancários, vamos participar com foco na Caixa e Banco do Brasil que têm um papel fundamental para o desenvolvimento do país”, enfatizou Jadir Fragas.

Por: Adriana Queiroz/Martins e Santos Comunicação

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