4 de Fevereiro de 2014 às 08:35

Ex-bancários do BCN aprovam proposta que destina cerca de R$ 100 milhões aos contribuintes da Fundação Francisco Conde

ASSEMBLEIA

Os ex-bancários do extinto Banco de Crédito Nacional (BCN) aprovaram em assembleia realizada dia 31 a destinação dos cerca de R$ 100 milhões referentes à segunda parcela a ser recebida da Fundação Francisco Conde (FFC).

Pela proposta aprovada, o montante será dividido em partes iguais entre dois grupos. O primeiro engloba os bancários que entraram no BCN até dezembro de 1975 e permaneceram até maio de 1999.

Os outros R$ 50 milhões serão destinados a quem entrou em janeiro de 1976 e ficou até maio de 1999. O cálculo do valor a ser recebido será baseado a partir da data de entrada do bancário até abril de 1993, quando o banco encerrou o fundo.

O primeiro grupo reúne aproximadamente 800 pessoas. No segundo estão cerca de 3,1 mil. Foi feito um cálculo prévio aproximado em que as pessoas do grupo 1 receberão mais ou menos R$ 800 de contribuição referente a cada mês trabalhado no banco, até abril de 1993.

Se o bancário trabalhou 36 meses, por exemplo, receberá 36 parcelas de R$ 800. O segundo grupo receberá R$ 200 por mês trabalhado, com cálculo das parcelas igual ao do grupo 1.

Haverá um prazo de três anos para a localização de todos os beneficiários. O montante destinado aos bancários não encontrados será redistribuído findo esse período.

Histórico

A primeira parcela foi paga em 2001 e, desde então, os contribuintes vêm lutando judicialmente pelo pagamento da quantia remanescente. Durante reunião realizada em 16 de agosto de 2013 no Palácio da Justiça em São Paulo, ficou estabelecido um acordo entre o Bradesco (que comprou o BCN), a associação dos participantes da FFC e os representantes do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região. O banco se comprometeu a apresentar uma lista dos funcionários que estavam na ativa e integraram a ação de cobrança no prazo de 30 dias.

Presente à assembleia, o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, destacou que a vitória na Justiça demonstra que a luta coletiva vale a pena. "Continuaremos dando o apoio necessário até que os débitos com esses trabalhadores sejam quitados", declarou Araújo, ao lembrar que esta é apenas uma das inúmeras vitórias conquistadas pelo Sindicato na Justiça.

Custeio

A proposta aprovada na assembleia de Brasília também estabelece a destinação de 10% do valor ao Sindicato para o custeio com o prosseguimento do processo na Justiça. Outros 2% serão destinados para a associação de ex-funcionários da Fundação Francisco Conde e para pagamento de honorários.

Da Redação

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