25 de Janeiro de 2008 às 10:56

Lotéricas fazem "operação padrão" contra Caixa Econômica Federal

As casas loterias utilizadas como correspondentes bancários da Caixa Econômica Federal ameaçam reduzir o atendimento ao público, caso não seja reajustado o repasse feito pelo banco para realizar serviços que deveriam ser feitos em agências bancárias. A remuneração por autenticações bancárias e o pagamento de benefícios são os maiores problemas, que vêm aliados da suspensão do fornecimento de carros-fortes para o transporte de dinheiro – “jogando” essa responsabilidade para os empresários lotéricos, que, por sua vez, consideram não ser certo pagar para transportar o que é do banco.
 
Segundo o SP Bancários, nesta quarta-feira (23) em São Paulo, metade dos 2,4 mil estabelecimentos aderiu à operação Serviço-Padrão, na qual os funcionários não fazem mais horas-extras, cumprem horário integral de almoço e reduzem o número de terminais para pagamento de contas.
 
O problema com as lotéricas traz à tona novamente o problema da terceirização e precarização bancária, com a transferência de serviços para os chamados correspondentes bancários. “Este foi um projeto muito bom, mas que acabou desvirtualizado. Os correspondentes são fundamentais para cidades sem agências, mas a abertura de tais estabelecimentos em todos os municípios do País gerou desemprego nos bancos e aumentou a violência”, sustentou Luiz Alexandre Marcondes Monteiro, secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande/MS e Região.
 
Com os correspondentes, os bancos alegam não ser mais necessário manter o número de funcionários nas agências padrão, ao mesmo tempo em que os funcionários de correspondentes não podem ser enquadrados na categoria bancária. “Além do fato de estarem sujeitos a crimes, como já presenciamos aqui no Estado em várias ocasiões”, lembrou Monteiro. Hoje, o Brasil possui quase 112 mil correspondentes bancários, número muito acima do total de agências.
 
Justiça – Projeto de lei na Câmara dos Deputados, do deputado licenciado Carlos Bezerra, inclui na categoria os empregados de empresas credenciadas para a prestação de serviço de correspondente. Para o autor do projeto, “é inegável que ele [o correspondente] está sujeito ao que se chama de fadiga mental, pois o trabalho [de bancário] exige permanente atenção". O PL também exige a equiparação da carga horária de trabalho.
 
Secretaria de Imprensa e Comunicação, com SP Bancários e Contraf/CUT
 

Convênios saiba +

Clube de campo saiba +

Jogos/ Resultadossaiba +

Parceiros