21 de Setembro de 2016 às 08:46

Revoltados com descaso da Fenaban, bancários vão às ruas de Campo Grande

Passeata greve

Reginaldo de Oliveira / Martins e Santos Comunicação

Em resposta ao descaso da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que se recusa a negociar com a classe bancária, trabalhadores foram às ruas e promoveram protesto pelo centro de Campo Grande, na tarde dessa terça-feira (20).

Em uma só voz, dezenas de trabalhadores manifestaram sentimento de desprezo e reforçaram exigências que têm por objetivo oferecer melhor atendimento à população. A caminhada começou em frente à agência do Bradesco, na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, percorreu pela Rua 13 de maio e se encerrou na frente do Branco do Brasil, na esquina com a Avenida Afonso Pena.

Os trabalhadores dos bancos que participaram da manifestação disseram que querem melhoria na qualidade não só para o funcionário como para o cliente também: “A meta aumenta e os bancários não, fica difícil atender todo mundo num curto período de tempo”, disse uma bancária.

A greve dos bancários já dura duas semanas e a Fenaban se mostra intransigente no pedido de reajuste de 14,78%, sendo que apenas 5% é ganho real. Na última reunião que aconteceu quinta-feira-feira da semana passada, os banqueiros insistiram na proposta de 7%,  índice abaixo da inflação, mesmo com o lucro bilionário que bancos tiveram nos seis primeiros meses deste ano, como avalia o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Edvaldo Barros.

“Os bancos tiveram lucro de R$ 30 bilhões no primeiro semestre e, em contrapartida, demitiram 8 mil funcionários. Estão prestando um desserviço à população. A luta não é só por salários, nossa luta é também por mais contratações e com isso melhorar o atendimento prestado à população", citou.

O dirigente sindical e funcionário do Banco do Brasil, Orlando Almeida, confirmou que o movimento é contra os bancos que se negam a negociar questões básicas, como: mais contratações, melhores condições de trabalho, combate às metas abusivas, assédio sexual e moral. “A população precisa ter paciência, sabemos que isso é doloroso para todos, mas a luta não é só nossa”, ressaltou.

    

De acordo com a secretária geral do sindicato, Neide Rodrigues, a paralisação vai continuar sem previsão para encerramento, até que haja negociação favorável. "Não vamos aceitar proposta rebaixada. Estamos esperando a resposta dos banqueiros que nos ignora. Nossa reivindicação é justa, há acúmulo de trabalho para os funcionários, clientes mandados para fora das agências porque os bancos não querem contratar mais ”, comentou.

O diretor José Carlos Rodrigues disse que a federação quer voltar com a política do abono, o que já ocorreu nos anos 90 e trouxe defasagem para o salário dos bancário. “A classe mais rica não nos responde e nem atende bem a população, não aceitamos que mexam nos nossos direitos. A causa é nossa e do cliente. Queremos mais contratações”.

Uma das bandeiras dos bancários também é pela Caixa 100% pública. Segundo a funcionária da CEF e dirigente sindical, Marileda Ourives de Souza, a instituição é muito importante para a população e o desenvolvimento do país e que precisa ser valorizada.

Em apoio à classe bancária, outras forças sindicais também estiveram presentes no ato de protesto. Além da Central Única dos Trabalhadores (CUT), também o Sindicato dos Trabalhadores  na Indústria, Comércio de Energia no Mato Grosso do Sul (Sinergia), Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracom) e Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicação (Sinttel).

Em 16 dias de paralisação, pelo menos 138 unidades bancárias estão sem atendimento em Campo Grande e região. O número representa 86% das 160 agências existentes.

Por: Assessoria de Comunicação do SEEB-CG 

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