31 de Janeiro de 2018 às 13:07

Sindicato se mobiliza contra implantação da reforma trabalhista no Santander

Reforma Trabalhista

 

Nesta quarta-feira, 31 de janeiro, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região se mobilizou na frente da agência do Santander, da Rua Barão do Rio Branco, para protestar contra a implantação da reforma trabalhista que a instituição está impondo aos bancários desde dezembro do ano passado. O movimento, de âmbito nacional, também faz parte de uma série de mobilizações pela manutenção dos direitos historicamente conquistados pelos bancários. 

Sem qualquer negociação com os representantes dos trabalhadores, o Santander apenas comunicou as mudanças no acordo de horas extras e no fracionamento das férias, além de alterações na data do pagamento dos salários e do 13º salário. 

“O banco Santander foi um dos grandes apoiadores da reforma e, desde sua aprovação, vem tentando implantar um prejuízo aos trabalhadores sem qualquer tentativa de negociação. Por isso, estamos aqui mais uma vez nos mobilizando e conscientizando a população sobre a forma com que os bancos estão contribuindo para o alto índice de desemprego e, com isso, precarizando o serviço bancário”, afirmou o presidente do SEEB-CG, Edvaldo Barros. 

A mobilização também exige respeito ao acordo coletivo e as conquistas históricas dos bancários por seus direitos. “O momento é de mobilização dos trabalhadores, conscientização e diálogo, até porque nós temos uma convenção coletiva que vai até dia 31 de agosto e é uma de nossas grandes preocupações, pois esse desrespeito que o banco está tendo nesse momento pode se concretizar no futuro quando formos negociar”, ressaltou Edvaldo. 

   

Durante a mobilização, os diretores distribuíram aos bancários (clique aqui e leia a Carta Aberta aos Bancários) e clientes (clique aqui e leia a Carta Aberta à População) um documento informativo sobre os prejuízos que essas mudanças trarão aos funcionários e, consequentemente, ao serviço prestado à população em geral. Para chamar atenção das pessoas na fila do banco, um ator apresentou uma peça teatral sobre a importância da qualidade dos bancos para os clientes e também sobre o alto número de demissões nas instituições bancárias do último ano. 

Segundo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, os bancos fecharam 17.905 postos de trabalho no país em 2017. O saldo negativo foi resultado das 43.197 demissões no setor, muitas relacionadas aos programas de desligamento voluntário do Banco Bradesco e da Caixa, divulgados logo após a aprovação da Reforma Trabalhista pelo Senado Federal. 

Em contrapartida, o lucro dos grandes bancos brasileiros cresceu no terceiro trimestre de 2017. O resultado combinado de Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil foi de R$ 16,4 bilhões, alta de 14,6% em relação ao mesmo período do ano passado. 

“A reforma tem trazido prejuízos aos trabalhadores porque ela não gera novos empregos, mas sim muitas demissões, nós como representantes dos trabalhadores e da sociedade em geral, queremos pedir por mais empregos, ajudando no bem estar de toda a sociedade sem precarizar os serviços”, finalizou o dirigente sindical e funcionário do Santander, José Carlos Rodrigues. 

Por: Daiana Porto/Martins e Santos Comunicação
F
otos: Reginaldo de Oliveira

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