14 de Junho de 2013 às 07:30

Operários arrancam reajuste de 12,36% e encerram greve em Campo Grande

CONSTRUÇÃO CIVIL

Categoria comemorou vitória comandada por um dos mais novos Sindicatos CUTistas

Escrito por: Conticom/CUT

Os trabalhadores da construção civil de Campo Grande/MS encerraram com vitória na quarta-feira (12) a greve que começou na quarta passada (5). Conduzidos pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande (Sintracom-CG), mais de 30 canteiros e 15 mil trabalhadores pararam para garantir avanços que refletirão em todo o estado.

O Sintracom/CG começou as negociações no dia 21 de fevereiro, mas não houve avanços. Mesmo com a greve iniciada na semana passada, os patrões insistiam em dar um reajuste de apenas 6,76% - repondo a inflação - isso impossibilitou um acordo na reunião de conciliação que aconteceu na última segunda-feira (13) no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A forte mobilização e decisão dos trabalhadores em não aceitar mais o descaso patronal - e um dos pisos mais baixos do país - dobrou os patrões. Hoje foi fechado o acordo de reajuste salarial de 12,36% - 5,6% de aumento real -  com abono dos dias parados, cesta básica e vale transporte (itens que não constavam das convenções anteriores).

Para Luiz Queiróz, vice-presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom/CUT), “foi impressionante ver a vontade da categoria em conjunto com o Sintracom. O sindicato, que se filiou recentemente à CUT, fez uma mobilização forte e massiva, que não era vista desde a década de 90. O sindicato demonstrou um grande compromisso e a categoria respondeu a isso”.

Na avaliação do presidente do Sintracom/GC, José Abelha Neto, “o mais importante foi o reconhecimento por parte da categoria. Antes os acordos eram feitos diretamente entre o sindicato e os patrões, sem consultar os trabalhadores. Isso gerava descrença na luta. Hoje os trabalhadores acreditam no sindicato, acreditam na mobilização”.

A paralisação contou com o apoio da CUT-MS, daConticom/CUT, da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, Mobiliário e Montagem Industrial do Mato Grosso do Sul (Fetricom), de sindicatos filiados à CUT e a outras centrais sindicais.

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