27 de Setembro de 2007 às 09:52

Audiência na Câmara discute venda do ABN Real

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos da Câmara dos Deputados promoverá na manhã desta quinta-feira (27 de setembro) audiência pública para discutir o impacto da fusão da venda do ABN Amro Bank no Brasil. A reunião foi provocada pelo deputado federal Daniel Almeida (PC do B/BA), sob alegação de que a negociação poderá criar o quinto maior banco do mundo em valor de mercado e gerar demissões em massa pelo mundo.

 

Almeida fez comentários sobre a primeira proposta, feita pelo inglês Barclays. Na ocasião, a instituição anunciou que a aquisição do ABN resultaria na demissão de 12,8 mil bancários no mundo, além da terceirização de 10,8 mil postos de trabalho. Almeida lembrou que, em 2003, quando o ABN adquiriu o Sudameris, “milhares de bancários foram demitidos”. Situação que volta a ser especulada com o passar dos meses.

 

Participarão da audiência Sidney Dinau, representando o ABN Real; John Varley, executivo-chefe do Barclays Bank PLC; Miguel Pereira, em nome da Contraf-CUT; e representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo e do Ministério do Trabalho.

 

“Sabotagem” – Durante a quarta-feira (26), representantes da Contraf-CUT buscaram apoio no Congresso Nacional em busca de apoio de parlamentares pela preservação de empregos do ABN no Brasil. Segundo o site da Confederação, a ação de lobistas do ABN e do Santander foi flagrada durante o dia. A intenção era impedir a realização da audiência pública. A alegação era de que, como o negócio não foi realizado, não faria sentido discuti-lo no Congresso.

 

O ABN vinha sendo disputado pelo Barclays e por um consórcio formado pelo Royal Bank of Scotland (do Reino Unido), Fortis (Bélgica) e Santander (Espanha). Este último é o virtual vencedor da disputa, com dirigentes do banco espanhol já comunicando a compra a autoridades brasileiras. O Santander deverá assumir as operações na América Latina, incluindo o Brasil.

 

O consórcio já garantiu a preservação de emprego para trabalhadores europeus. Agora, espera-se conseguir o mesmo no Brasil. Na quarta-feira, representantes da Contraf conversaram com Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e ex-vice-presidente do Santander. Ele admitiu haver dificuldades para garantir o emprego dos trabalhadores, mas reconheceu que a compra do Real trará muitos ganhos para os espanhóis.

 

Secretaria de Comunicação e Imprensa

(Com informações da Agência Câmara e da Contraf-CUT)

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