Caixa Econômica Federal

Alternativas que aliviem a situação financeira dos participantes da Funcef que pagam as contribuições extraordinárias dos equacionamentos. É o que vem buscando a Fenae por meio de propostas e estudos técnicos já apresentados à Funcef e à Caixa. Dirigentes da Federação aguardam agora audiência com o superintendente da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Fabio Coelho. A solicitação já foi feita e aguarda agendamento. O objetivo é mostrar como o modelo atual de equacionamento produz discrepâncias não apenas para os participantes da Funcef, mas também nos demais fundos de pensão deficitários. 

“Ninguém aguenta descontos de 20% ou mais dos rendimentos todo mês. É preciso buscar alternativas para o setor como um todo. Na Funcef, as pessoas estão em situação crítica”, afirma a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus. 

A solicitação de agenda na Previc inclui a participação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), representante dos participantes da Petros, outra fundação que passa por sucessivos deficits. “Queremos apresentar à Previc o pleito que vem de milhares de participantes de diversos fundos. O problema é sistêmico, temos uma regulamentação que não está aderente à realidade das pessoas. Acreditamos que o regulador terá sensibilidade para esse debate”, diz Fabiana. 

Idosos e portadores de doenças graves 

A Fenae também já questionou a Funcef sobre a viabilidade da isenção de cobrança das contribuições extraordinárias de participantes com doenças graves ou com mais de 80 anos, para os quais, em muitos casos, o equacionamento já compromete o orçamento familiar. 

Outra opção defendida pela Fenae é a implementação de período de carência no CredPlan para quem está pagando equacionamento. Estudos técnicos conduzidos pela Fenae mostram que durante os primeiros 24 meses, os participantes poderiam pagar 40% do valor original da parcela, preservando sua margem consignável e evitando sucessivos refinanciamentos. 

Caixa analisa alternativas 

No dia 11 de junho, dirigentes da Fenae se reuniram com representantes da Superintendência Nacional de Quadro de Pessoal Remuneração e Benefícios (SURBE) da Caixa para discutir alternativas. Na ocasião, a superintendente Simone Morato e o advogado Wesley Cardoso dos Santos, ambos da SURBE, confirmaram a existência de um grupo de trabalho no qual Caixa e Funcef analisam as possibilidades.

Fonte: Fenae