4 de Julho de 2007 às 12:30
<strong>Caso de jornalista, julgado no TST, mostra que o problema está em diversas categorias</strong>
São Paulo – O assédio moral cada vez mais se configura em um problema geral dos trabalhadores. Nesta sexta-feira, dia 29, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) divulgou que uma jornalista receberá R$ 260 mil de indenização após comprovar maus tratos sofridos quando ocupava um cargo na assessoria de imprensa da Confederação Nacional da Agricultura e Agropecuária do Brasil (CNA).
A Quarta Turma do TST manteve o julgamento do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região (DF/TO), que decidira em favor da empregada, estipulando a multa em cem vezes o valor do salário da empregada.
A jornalista, com larga experiência na área, contou que durante os oito anos em que trabalhou na CNA, tinha a atenção constantemente chamada na frente de seus colegas de maneira ofensiva e agressiva pela sua superiora, sendo chamada de incompetente e irresponsável com freqüência. A situação levou a funcionária a adoecer e a pedir demissão por duas vezes, sendo a segunda definitiva.
De acordo com o ministro do TST Ives Gandra Martins Filho, “a empregadora permitiu que sua funcionária mantivesse um comportamento ofensivo em relação aos empregados colocados sob sua orientação”. Ainda segundo o TST, outra jornalista já havia avisado o presidente da CNA do comportamento da superior.
Bancários - Agressões verbais e pressão da chefia por metas são alguns dos exemplos que configuram o assédio moral. Recentemente, dois casos ganharam repercussão.
No último dia 24, o jornal Diário de S.Paulo em reportagem de página inteira abordou o problema e usou o caso de uma bancária como exemplo principal. Três dias mais tarde, 27, o site do Sindicato noticiou que um gerente do Banpará ganhou uma indenização por danos morais.
André Rossi - 02/07/2007
Link: https://seebcgms.org.br/assedio-moral/trabalhador-ganha-r-260-mil-apos-sofrer-assedio-moral/