1 de Outubro de 2007 às 10:52

Apreensão no Real e expectativa no Santander

A iminente união das operações entre os bancos ABN Real e Santander no Brasil cria sentimentos opostos nas duas instituições bancárias. Do lado do ABN, trabalhadores demonstram apreensão com o risco de perder o emprego ou ver benefícios serem reduzidos (tais como bolsas de estudos, reembolsos de remédios e dentista). Já no banco espanhol, gerentes de agências e unidades de negócio fazem planos para incorporar as equipes e planejar as diretrizes de um negócio que supõem ficar sob seu comando.

 

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada nesta segunda-feira (1º de outubro) faz uma análise sobre a fusão dos dois bancos. A conclusão é de que no ABN vários segmentos estão acima do Santander, como financiamento de veículos e atendimento a clientes de alta renda. Profissionais destas áreas são os que mais interessam aos espanhóis.

 

A operação gera, ainda, a demonização do Santander, conhecido pela cultura agressiva nos negócios e que, no Brasil, foi responsável por 20 mil demissões e criação de programas de demissão voluntária que atraíram outros nove mil trabalhadores, em grande maioria ex-funcionários do Banespa (banco que permitiu aos espanhóis sua expansão no País).

 

Já o ABN pautou sua atuação no Brasil por ações consideradas politicamente corretas, e responsabilidade sócio-ambiental. A unificação das operações já cria mal-estar em setores como o telemarketing do Real: enquanto as funcionárias são contratadas do banco, no Santander o serviço é terceirizado.

 

O Sindicato dos Bancários de Campo Grande/MS e Região vem acompanhando com interesse a unificação das operações entre ABN e Santander, e está preparado para agir no momento em que direitos dos trabalhadores ou mesmo postos de trabalho estiverem ameaçados. Bancários que se sentirem prejudicados no processo de fusão devem vir ao Seeb em busca de apoio.

Secretaria de Comunicação e Imprensa

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