Banco Abn Amro Real

O presidente do ABN Amro Bank, Rijman Groenink, informou nesta quarta-feira (3 de outubro) aos funcionários da instituição que o novo dono da entidade deverá ser conhecido nas próximas duas semanas. Em carta dirigida aos empregados da instituição, ele destacou que a transferência do controle da instituição holandesa põe fim “a um longo período de insegurança”, conforme detalhou a agência holandesa de notícias ANP.

Segundo Groenink, a mudança “não trará mudanças significativas diretas para a maioria” do quadro de pessoal, destacando ainda que a maioria das atividades diárias mudará apenas depois que os planos de transição forem aceitos e implementados, o que “com certeza levará alguns meses”.

O banco é disputado pelo britânico Barclays e pelo consórcio formado por Santander, o Royal Bank of Scotland e o belga Fortis – que teve sua participação autorizada pela comissão econômica européia. Os três bancos são responsáveis pela maior oferta até o momento: € 71 bilhões (ou R$ 185,58 bilhões).

O vencedor terá um prazo de cinco dias úteis a partir do término da oferta para declarar a oferta pública de aquisição. No caso do Barclays, o prazo se expira nesta quinta-feira (4), e amanhã (sexta, 5) para o consórcio. Nos dois casos, as entidades condicionaram as ofertas à aquisição de apoio mínimo de 80% dos acionistas.

Caso seja confirmada que a oferta do consórcio será a vencedora, o Santander assumirá as operações do ABN na América Latina, incluindo o ABN Amro Real e a Aymoré, no Brasil. A perspectiva gera apreensão no meio bancário, por conta de possíveis demissões já confirmadas pelo banco espanhol. O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande/MS e Região continua a acompanhar a questão, já se preparando para agir em favor da preservação de empregos e direitos dos bancários nas instituições envolvidas na transação.

Secretaria de Comunicação e Imprensa, com Folha Online