14 de Julho de 2008 às 10:21

Funcionária denuncia atentado violento ao pudor no Real

Uma auxiliar de limpeza, cujo nome será mantido em sigilo por questões de segurança, que trabalha na matriz do Real, na avenida Paulista (São Paulo/SP), afirma que foi vítima de atentado violento ao pudor durante o expediente. O fato teria ocorrido no 3º andar do prédio e um Boletim de Ocorrência (B.O.) foi registrado na Delegacia da Mulher, em Osasco. Ela reclama de como o banco lida com o caso.
 
De acordo com o B.O., a trabalhadora afirma que foi agarrada a força por um funcionário do Real. “Estou sendo tratada como um lixo pelo banco. Acredito que se eu não fosse da limpeza, uma providência já teria sido tomada”, afirma. “Estou fazendo tratamento psicológico para superar o que aconteceu”.
 
A funcionária, contratada por uma empresa terceirizada, está afastada por problemas psicológicos, não tem plano de saúde e não conta com auxílio algum por parte da prestadora de serviços ou do Real. Ela tem dois filhos e o marido está desempregado. A trabalhadora teme ser demitida a qualquer momento.
 
O Sindicato dos Bancários de São Paulo procurou o banco para que fosse dado todo apoio médico à funcionária e que a trabalhadora não sofresse nenhuma pressão ou retaliação por parte da empresa no sentido de que ela desista de levar adiante a denúncia. O banco disse que estava em andamento uma investigação interna para apurar os fatos, mas não apresentou o resultado para a auxiliar de limpeza nem para os representantes do Sindicato, que no dia 27 de junho tiveram o compromisso do RH de que, em dois dias, teriam o acesso ao resultado. Porém, isso ainda não aconteceu.
 
“O RH por meio do relações sindicais assumiu um compromisso, mas até o momento, não foi apresentado o resultado dessa investigação interna. O Sindicato não teve outra opção a não ser cobrar publicamente para que o fato não fique impune. Entendemos que o Real tem responsabilidade em tudo o que acontece no local de trabalho. Portanto, estamos cobrando do banco que de todo apoio necessário seja dado a funcionária. Orientamos que caso tal fato esteja ocorrendo com outras trabalhadoras procurem o Sindicato. O sigilo será garantido”, afirma o dirigente sindical Gutemberg Oliveira.
 

Carlos Fernandes, do Seeb/SP
 

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