17 de Janeiro de 2009 às 20:25

Manhã de sexta com protestos contra dispensas no Santander

São Paulo - Se a quinta-feira foi de clima tenso devido às 400 demissões anunciadas pelo Grupo Santander, a sexta-feira foi marcada por protestos contra a atitude arbitrária do banco que acumula lucros no Brasil e em troca reforça a crise que está elevando os números do desemprego.
 
Por volta das 7h30 a calçada da matriz do banco Real, na Avenida Paulista, já era palco de mobilização e conscientização de quem passava pelo local. A população foi alertada do desserviço que o banco está prestando para a sociedade brasileira com as demissões após a fusão com o Real. Isso apesar de em outubro passado, quando da visita do presidente mundial do banco, Emilio Botin ter afirmado que o processo de integração Santander-Real não era uma reestruturação, mas um projeto de expansão e crescimento. Agora o banco anuncia as demissões. “Como pode haver crescimento com a demissão de bancários?”, questiona a diretora do Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região (Seeb SP) Rita Berlofa. “Isso é inadmissível, principalmente num banco com excelentes resultados no Brasil e no mundo. Os trabalhadores brasileiros querem respeito”.
 
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, participou da mobilização, repudiou as demissões e criticou a postura da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) sobre as medidas e discussões sobre o reflexo da crise financeira. “Como a Fiesp declarou que com ou sem a CUT vai propor a redução de jornada com redução de salário, nós trabalhadores vamos continuar lutando em defesa do emprego e da renda com ou sem Fiesp”, disse o dirigente.
 
Os atos em frente à matriz do Real e do Majolão continuam. E às 11h30 começou o protesto em frente o Casa 1 do Santander, em Santo Amaro.
 
Rádio - O repúdio dos bancários com a ação do Santander é ecoado também pelas ondas do rádio com a veiculação de um “spot” informando toda a sociedade brasileira sobre os últimos acontecimentos (leia o "spot" abaixo).
 
Campanha de rádio (Spot)
“O Santander demite trabalhadores brasileiros mesmo com a carência enorme de funcionários nas agências e isso nada tem a ver com a crise. A fusão de departamentos com o banco Real vai gerar uma sinergia de 2,7 bilhões de reais e outros 8 bilhões de lucros em três anos.
 
Que violência! Enquanto banqueiros espanhóis decidem em gabinete como ampliar seus bilionários lucros, o desemprego sobra para os brasileiros.
 
Santander, respeite o Brasil e os brasileiros!”
 
Gisele Coutinho e Carlos Fernandes, do Seeb/SP
 

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