11 de Dezembro de 2007 às 11:35

Real foge de audiência sobre fusão com Santander

Foi promovida na quinta-feira (6 de dezembro) audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir as implicações e a repercussão da venda do holandês ABN para o espanhol Santander. O presidente do Real e também presidente da Febraban, Fábio Barbosa, foi convidado, mas não compareceu nem enviou representante. Segundo a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e funcionária do banco, Karina Prenholato, o objetivo da audiência foi cobrar um envolvimento maior do governo na questão, de forma a garantir o emprego dos funcionários dos bancos envolvidos no negócio.

“Quem mais teria o que explicar e esclarecer não apareceu. Também sentimos falta do presidente do Banco Central, Henrique Meireles, que também foi convidado”, disse Karina. Meireles enviou em seu lugar o chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do BC, Luiz Feltrim. Além dele, participaram da mesa o presidente da Contraf/CUT, Wagner Freitas, o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Ricardo Wada, e o deputado Federal Chico Lopes (PC do B/CE).

Os bancários insistiram em diversas oportunidades sobre a importância do BC criar sistemas de proteção aos trabalhadores, impedindo que os empregos de milhares de brasileiros estejam à mercê dos ventos do mercado. “O Luiz Feltrim adotou uma postura de se esquivar destas questões, apesar de afirmar diversas vezes que o BC se pauta por transparência e responsabilidade social. Queríamos entender que tipo de responsabilidade social é essa que não se preocupa em defender os bancários, que podem ser demitidos num setor que lucra dezenas de bilhões todos os anos.”

Nada de prático – Karina lamentou os resultados práticos nulos do encontro. “A postura do BC de fugir da responsabilidade, empurrando o problema para o Conselho Monetário Nacional, e a ausência do banco ABN Real tornaram os efeitos práticos da audiência praticamente nulos”, lamentou a dirigente sindical.

Segundo Feltrim, oficialmente o BC ainda não tomou conhecimento do negócio entre os dois bancos. “Parece brincadeira, mas as informações sobre a venda ainda não foram entregues ao governo. É como se a venda ainda não fosse oficial”, diz Karina. O BC espera receber as informações antes do final do ano.

Danilo Di Giorgi, do SP Bancários

 

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