6 de Agosto de 2008 às 15:02

Real volta a cobrar tarifas de bancários

Foram pouco mais de dois anos de vigência, até que a mudança das regras para cobrança de tarifas pelo Banco Central desse ao Real a “deixa” para abandonar o trato feito com os funcionários. Assinado em 2006, o acordo previa a isenção de tarifas para os empregados, que passariam a dispor de uma cesta de serviços com 27 itens. Agora, o número de serviços incluídos na cesta diminuiu muito, obrigando os empregados a pagarem tarifas de excesso todas as vezes que usarem mais do que o que está incluído. E o preço não é nada camarada.
 
Desde que o Banco Central implementou a nova norma para cobrança de tarifas bancárias, o Idec - Instituto de Defesa do Consumidor - fez um levantamento dos valores cobrados pelos bancos com mais de um milhão de correntistas. Embora o nome dos pacotes do Real tenha mudado, a entidade procurou os modelos que mais se assemelhavam para fazer a comparação. E o desempenho do banco foi o pior entre todos os maiores, registrando acréscimo no valor total de 9,4%, apesar da nova norma impedir a cobrança de emissão de cheques de baixo valor e definir um número mínimo de eventos de determinadas operações.
 
Como passou a pagar por serviços que antes eram gratuitos ou que tiveram uma severa redução no número de ocorrências incluídas no pacote, o cliente do Real teve perda de seu poder aquisitivo ao movimentar sua conta. O mesmo aconteceu com o bancário, apesar da conquista, dois anos antes, de uma reivindicação antiga.
 
A mudança das normas pelo Bacen não tem nenhuma repercussão sobre a isenção de tarifas para os emprega-dos, mas o banco aproveitou a oportunidade para romper o acordo. O rompimento unilateral do compromisso firmado com os trabalhadores é uma clara demonstração de desrespeito não só aos funcionários, mas às entida-des sindicais.
 
Feeb RJ/ES

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