29 de Outubro de 2008 às 11:49

Bradesco prevê expansão menor de carteira de crédito em 2009

O Bradesco manteve entre 24% e 29% a previsão de crescimento para a carteira de crédito em 2008. Para 2009, com a perspectiva de expansão menor da economia brasileira, o banco prevê taxa de 20% para a elevação da carteira. Segundo Márcio Cypriano, presidente do Bradesco, a instituição trabalha com PIB 5% maior neste ano e 3% maior em 2009.
 
“O crescimento da carteira de crédito é muito ligado ao crescimento da economia. Em 2009, uma pequena redução do PIB deve reduzir também crescimento da carteira de crédito. Se falamos em 3% de PIB, a expansão deverá ser de 20% para a certeira de crédito em 2009”, disse Cypriano, em entrevista a jornalistas sobre os resultados do banco até setembro deste ano.
 
No terceiro trimestre, a carteira de crédito cresceu 8,6% ante o período anterior, para R$ 197,3 bilhões. Em 12 meses, a expansão foi de 40,8%. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 69,984 bilhões (crescimento de 6,2% sobre o trimestre anterior e 28,7% em 12 meses), enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram o montante de R$ 127,266 bilhões (alta de 10% ante o trimestre anterior e de 48,5% no período de um ano encerrado em setembro).
 
Segundo o banco, nos últimos 12 meses, na pessoa jurídica, o crescimento maior ocorreu nos produtos de financiamento à exportação (alta de 49,5% em 12 meses), leasing (114,3%), capital de giro (108%) e financiamento imobiliário (55,9%). Para pessoa física, o destaque ficou por conta de leasing (alta de 371% em 12 meses), cartão de crédito (22,9%), crédito rural (62%) e financiamento imobiliário (57,4%).
 
“Trabalhamos com crescimento de 24% a 29% [para carteira de crédito em 2008]. Até setembro está bem superior a isso [41% de expansão em 12 meses]. O quarto trimestre vai definir se a oferta de crédito vai continuar aquecida ou não. Se recuar, fechamos 2008 com 29% [de crescimento da carteira]”, afirmou Cypriano.
 
Cypriano descartou uma redução brusca da oferta de crédito neste ano, mas de alterações de prazos de empréstimos. “O Bradesco trouxe o prazo de financiamento de veículos para prazos mais palatáveis. O prazo de 90 meses era um absurdo. Hoje, nosso prazo médio está em 32 ou 34 meses. Ainda assim, a carteira de veículos cresceu 9,8% no trimestre e 43,7% em 12 meses”, ponderou o presidente do Bradesco.
 
Quanto ao crédito interbancário, ele negou haver quebra de confiança entre as instituições. “Até o momento, não sentimos. A liquidez que o governo injetou com medidas em favor de médias e pequenas instituições resolve o problemas delas. Vai haver maior seletividade na concessão de crédito e isso já o Bradesco já vem fazendo para manter a cautela nas operações”, disse Cypriano.
 
Ainda que tenha se manifestado otimista quanto aos resultados futuros e tenha negado impactos imediatos no resultado do banco no terceiro trimestre deste ano, Cypriano disse que a intenção é “segurar um pouco e examinar o cenário” para a abertura de novas agências.
 
Conforme meta estabelecida no ano passado, o banco deve abrir 500 novas unidades em três anos. Em 2007, houve a inauguração de cem agências, e neste ano, a de 168, com outras 21 em em reta final de construção, segundo Cypriano. Para 2009, a previsão é de 200 novas agências. O Bradesco tem atualmente 3.235 agências e 20 milhões de correntistas ativos (37 milhões de clientes).
 

Folha Online
 

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