3 de Novembro de 2025 às 09:23
R$ 18 bilhões
O Bradesco obteve lucro líquido recorrente de R$ 18,136 bilhões nos nove primeiros meses de 2025. O resultado representa alta de 28,2% em relação ao mesmo período de 2024.
No terceiro trimestre o banco lucrou R$ 6,205 bilhões, alta de 2,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando o resultado foi de R$ 6,067 bilhões.
A holding Bradesco encerrou o terceiro trimestre de 2025 com 81.657 funcionários (sendo 70.152 bancários), com fechamento de 2.361 postos de trabalho (sendo 2.557 postos de emprego bancário) em doze meses, e 490 postos eliminados no trimestre (572 de bancários).
De acordo com o banco, o fechamento de postos se deu “em linha com a estratégia de otimização do custo de servir, enquanto seguem reforçando equipes de tecnologia, operações e negócios”.
A base de clientes cresceu em 1,1 milhão em doze meses, totalizando 74 milhões. Foram fechadas 296 agências, 1.246 postos de atendimento (PA e PAE) e 61 unidades de negócios em doze meses, fechando o período com 2.059 agências, 1.978 postos de atendimento e 707 unidades de negócios.
“O Bradesco lucrou R$ 18,1 bilhões, mas ao mesmo tempo demitiu 2.557 bancários e fechou agências. Este lucro recorde, que mostra a força do banco, está sendo construído sobre a sobrecarga de trabalho e o adoecimento de quem fica. Nossa pauta é clara: o lucro deve ser usado para contratar mais e acabar com as demissões, e não para precarizar o serviço e a vida dos bancários”, destaca a presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.
As receitas com prestação de serviços e rendas das tarifas bancárias cresceram 5,1% em doze meses, totalizando R$ 23,0 bilhões. Já as despesas de pessoal, considerando-se o pagamento da PLR, aumentaram 9,0% no período, chegando a quase R$ 19,8 bilhões. Assim, em setembro de 2025, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 116,4%.
“Este descompasso entre o aumento da lucratividade e a política de demissões e fechamento de unidades agrava drasticamente a sobrecarga de trabalho e o adoecimento dos bancários, além de precarizar o atendimento. Mas as receitas secundárias (serviços e tarifas) cobriram as despesas de pessoal em 116,4%, demonstrando que o custo da folha de pagamento é mais do que autossustentável e que o banco tem ampla margem para recompensar seus funcionários. Pois a produtividade da categoria é a principal responsável por este desempenho recorde”, disse o secretário de finanças do SEEBCG-MS e representante da Fetec-CUT/CN na COE Bradesco, José dos Santos Brito.
O retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) do banco ficou em 14,6%, com acréscimo de 3,3 pontos percentuais em doze meses. De acordo com o relatório do banco, o desempenho das receitas em todas as linhas é a principal razão pelo resultado e a melhoria da rentabilidade.
A margem financeira total cresceu 16,9%, enquanto a margem com clientes teve alta de 19,0%, especialmente devido ao crescimento da carteira e do spread médio no 3º trimestre de 2025.
Com informações do SPBancário
Link: https://seebcgms.org.br/banco-bradesco/bradesco-segue-demitindo-enquanto-lucro-cresce-282/