19 de Novembro de 2020 às 11:09

Sindicato dos Bancários promove ato contra as demissões no Bradesco

Dia Nacional de Luta

Nesta quinta-feira, dia 19, bancários de todo o Brasil realizam novamente manifestações em agências e departamentos do Bradesco para protestar contra as demissões realizadas pelo banco. Em Campo Grande, a manifestação aconteceu em unidades do banco no centro da capital com distribuição de material informativo para bancários, clientes e população em geral.

A ação faz parte da campanha organizada pela Contraf-CUT e sindicatos dos bancários de todo o país.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Neide Rodrigues, a mobilização tem o objetivo de pressionar  a direção do banco e divulgar para a sociedade o desrespeito do Bradesco com seus funcionários.

“Esse protesto é para sensibilidade a direção do banco e também uma forma de divulgar para a sociedade essa falta de respeito com os trabalhadores. Vale ressaltar que, a população também sofre quando vem no banco e não recebe atendimento adequado por falta de profissionais na agências. Se tem alguém que ganhou nesse país e continua ganhando, mesmo na crise, são os bancos. Os trabalhadores, mesmo os que estão em home office, continuam dando sua contribuição para o aumento do lucro, então realmente não há necessidade de demissão”, pontua.

O Bradesco já demitiu este ano mais de 2.000 trabalhadores, de acordo com cálculos da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco. Isso no mesmo período em que obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020. Mesmo com o alto lucro, o presidente do banco já anunciou o fechamento de mais de 1.100 agências até o final do ano.

Segundo a presidente, o sindicato, através da assessoria jurídica, tem atuado para reintegrar os bancários demitidos.

“O banco está desrespeitando toda e qualquer possibilidade de pessoas que realmente não teriam condições de serem dispensadas neste momento. Só essa semana tivemos mais duas pessoas demitidas e, inclusive, trabalhadores que estão em tratamento de saúde. O sindicato está tentando fazer essa reversão através da assessoria jurídica, já que essas pessoas precisam ter estabilidade”, destaca Neide.

 

Para o secretário de Finanças do SEEBCG-MS e representante da COE Bradesco, José dos Santos Brito, este é um exemplo de total descaso do banco para com seus funcionários.

“Já são mais de 2 mil demissões e o Bradesco só mostra que não se preocupa com seus funcionários, pois no meio de uma pandemia, em momento que deveria ser de solidariedade, o banco que prega solidariedade é o mesmo que demite e causa transtornos para clientes e funcionários. Falta funcionário nas agências, os que continuam acabam sobrecarregados, muitos com problemas de saúde graças as metas que o banco impõe. Tem havido demissões até de quem está na estabilidade pré-aposentadoria”, comenta.

Ainda de acordo com o dirigente sindical, já somam 36 bancários demitidos na base do SEEBCG-MS.

“O governo liberou R$ 1,2 trilhão para os banqueiros no início da pandemia, em contrapartida o governo não cobrou nada deles. Enquanto isso, a população também sofre por serviço precarizado e os bancários com sobrecarga de trabalho ou desemprego. As ações de hoje estão concentradas em agências que tiveram demissões nos últimos dias”, finaliza. 

Redes sociais

Os protestos contra as demissões no Bradesco também atingiram o mundo digital. Na terça-feira (17), as manifestações foram realizadas pelas redes sociais. As hashtags #QueVergonhaBradesco e #QuemLucraNãoDemite figuraram entre os assuntos mais comentados do Twitter.

Por: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS
Fotos: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

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