18 de Julho de 2008 às 10:16

Banco do Brasil atenta contra Estado de Direito

No último dia 7 de julho, o Banco do Brasil demitiu todo o corpo de advogados no Rio rande do Norte e no Maranhão e descomissionou os chefes das Ajure. Trata-se de mais um capítulo da história de desmandos da diretoria do banco.
 
Os trabalhadores têm duas coisas em comum: primeiro, não havia nenhum motivo razoável para suas demissões. Segundo, e aí está o segredo, estavam incluídos em ação judicial contra o banco exigindo o pagamento de 7ª e 8ª horas trabalhadas ou pleiteando jornada de 4 horas para advogados.
 
“Os trabalhadores foram interpelados pela Dijur há cerca de um ano sobre o tema, o que deixa claro que se trata de retaliação do banco”, afirma Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil da Contraf/CUT (CE BB). “O banco age ao arrepio da lei. Não é possível que um trabalhador seja demitido por lutar por seus direitos, ainda mais quando se trata daqueles que devem defender o banco legalmente”, lamenta.
 
O Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte conseguiu na Justiça a reintegração dos quatro advogados. Os trabalhadores voltaram ao trabalho na manhã do dia 14, na presença de um oficial de justiça. Do lado de fora do Banco, a direção do Sindicato ofereceu um café da manhã aos bancários e clientes do BB para comemorar a decisão da Justiça e chamou a atenção da sociedade para a série de demissões e o péssimo atendimento dispensado pelo Banco.
 
No Maranhão o Sindicato obteve o apoio da OAB local e está buscando, pela via judicial, o reparo desse absurdo. Para a diretora do Sindicato Rosário Braga “trata-se de mais uma arbitrariedade, uma vez que está caracterizado que a demissão se deu pelo fato de os trabalhadores buscarem seus direitos, vilipendiados pelo banco, pela via judicial. O Banco do Brasil atenta contra o Estado democrático e de direito ao punir quem defende seus direitos”.
 
A Contraf/CUT está buscando apoio de entidades nacionais no sentido de impedir que o Banco do Brasil cometa mais uma atrocidade contra seus trabalhadores.
 

Contraf/CUT
 

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