22 de Junho de 2010 às 09:22

Investidor já pode reservar ações do Banco do Brasil que pretende comprar

O investidor que pretende comprar ações do Banco do Brasil deve reservar a quantidade de papéis a partir desta segunda-feira (21). Para quem não tem ações do banco, o prazo termina no dia 28 e o valor mínimo de aplicação para os pequenos investidores é de R$ 1.000. Para aplicar por meio do Fundo de Investimentos do BB, o investidor pagará R$ 200 por cota.


O objetivo do banco estatal é vender R$ 9,7 bilhões de papéis e assim aumentar seu capital para ofertar mais crédito ao público e aumentar a participação no mercado.


São dois tipos de ofertas: primárias e secundárias. A primária consiste em papéis novos, e só terão acesso a essa modalidade os acionistas do banco. A oferta secundária, operação que envolve papéis já existentes, dá acesso a todos os investidores. Para os pequenos investidores a oferta total, somando todas as operações, poderá chegar a R$ 560 milhões.


Para a oferta primária serão oferecidos 286 milhões de ações, ou um pouco mais de 11% do capital do banco para quem tinha ações da instituição até o dia 24 de maio. Nesse caso, as reservas deverão ser proporcionais ao número de ações que eles possuem e o prazo para se manifestar pelo interesse na compra termina na próxima quarta-feira. No dia 30 de junho, o BB irá divulgar quanto coube a cada um na oferta.


Os investidores devem ler atentamente as regras, já que operações no mercado envolvem riscos, umas mais que outras. O acesso ao prospecto pode ser feito no site do banco.


Há um ano, no dia 22 de junho, as ações do BB fecharam o pregão em R$ 20,26. Na última sexta-feira, esses papéis estavam cotados em R$ 27,22. Hoje pela manhã, a ação chegou a ser vendida a R$ 27,67, segundo informações no site da Bovespa.


A capitalização do BB também vai permitir que o banco melhore sua posição e cumpra exigência do Banco Central no sentido de que os créditos concedidos proporcionalmente não ponham em risco o seu capital. A exigência faz parte do Acordo de Basileia, chamado assim por ter sido firmado na cidade suíça do mesmo nome, que tem o objetivo de fortalecer o sistema bancário.


O lançamento das ações também servirá para adequar o Banco do Brasil às exigências do Novo Mercado, da Bolsa de Valores de São Paulo que exige mais transparência das empresas e de parcela considerável das ações em negociação na bolsa, além de mais proteção aos investidores.


Para fazer parte do Novo Mercado, a empresa precisa ter 25% das ações em circulação. O Banco do Brasil só têm 21,9% das ações na Bolsa. A capitalização permitirá ao banco alcançar o percentual mínimo, mas a participação da União, de 78,1%, precisa diminuir. O BB reservou até 30% das ações para o varejo, incluindo 10% para funcionários.


Pela primeira vez, o Fundo Soberano do Brasil (FSB) será usado. Criado em 2008 com sobras do superávit primário (economia que o governo faz para honrar compromissos financeiros inclusive os juros da dívida pública), os recursos do fundo, que tem R$ 17 bilhões aplicados há dois anos, serão destinados ao aumento de capital do Banco do Brasil.


O Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização, onde estão os recursos do Fundo Soberano, teve autorização para comprar até 21,85% das novas ações que serão ofertadas pelo Banco do Brasil.

Fonte: Agência Brasil

Convênios saiba +

Clube de campo saiba +

Jogos/ Resultadossaiba +

Parceiros