5 de Fevereiro de 2021 às 08:01

Plenária debate próximas ações contra a reestruturação do Banco do Brasil

Mobilização

 

Para discutir as próximas estratégias da categoria contra a reestruturação do Banco do Brasil, aconteceu nesta quinta-feira, dia 4, uma plenária realizada pelo Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região. Com participação da assessoria jurídica do sindicato, os dirigentes esclareceram dúvidas legais e dialogaram com os bancários sobre o calendário de lutas contra o desmonte do BB.

A reunião ocorreu por meio da plataforma Zoom e contou com a participação do representante do escritório da assessoria jurídica do SEEBCG-MS, o Escritório Assunção Advocacia, Oclécio Assunção Júnior.

“A plenária hoje foi um bate papo para tentar minimizar as dúvidas que os bancários têm em relação ao calendário de lutas contra o desmonte. A realidade hoje para uma reestruturação é muito difícil e as pessoas precisam ter consciência da importância do movimento. Ao que tudo indica, na próxima semana teremos uma nova paralisação, uma greve comunicada para a população com antecedência e temos um respaldo jurídico para minimizar as dificuldades de quem aderir à greve”, afirma a presidenta do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.

Na prática, a reestruturação representa o desmonte do banco público por enfraquecer o papel social do Banco do Brasil, reduzir o número de agências e funcionários e prejudicar o atendimento à população.

Desde que o plano de reestruturação do BB foi anunciado, no dia 11 de janeiro, sem qualquer diálogo com os trabalhadores, o movimento sindical tem se mantido ativo nas mobilizações contra o desmonte, além da paralisação nacional que durou 24h no dia 29 de janeiro e teve adesão massiva dos bancários do BB em Campo Grande.

“Várias agências de Campo Grande fecharam na paralisação do dia 29, mas no interior do estado a adesão foi menor. Reforçamos a importância dos bancários participarem das mobilizações, pois o momento é esse. A gente faz o movimento acontecer agora ou teremos um prejuízo gigante lá na frente”, destaca Neide.

Além disso, os dirigentes sindicais também estão dialogando com os parlamentares das cidades do interior do estado que serão impactadas pela reestruturação. Durante a tarde desta quinta-feira, a presidente do SEEBCG-MS informou que esteve reunida com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, para buscar apoio pela manutenção das agências do BB, essenciais para o investimento da Capital.

Entre as preocupações dos trabalhadores estão a extinção dos caixas e o fim da gratificação. O secretário de Assuntos Jurídicos do sindicato e bancário do BB, Orlando de Almeida Filho, destacou que o adicional representa parte significativa do salário e a retirada do valor terá impactos na vida financeira dos caixas.

Medidas legais

Durante a plenária, foi reforçado que, por enquanto, o sindicato não entrou com nenhuma ação na justiça por entender que é necessário ter convicção de vitória. Para isso, os diretores estão em constante diálogo com outros sindicatos da categoria em todo país para encontrar a melhor saída para os bancários do Banco do Brasil.

“O Banco do Brasil já teve uma reestruturação em 2017 que foi muito impactante com redução de postos de trabalho, fechamento de unidades e sem reposição. Atualmente, ainda temos a pandemia que torna o momento ainda mais delicado para o bancário, pois ainda terá perda salarial. Além da questão financeira, tem a parte emocional, muitos momentos de incertezas e trabalhadores ligando para nós preocupados com o futuro. Estamos acumulando entendimentos, conversando com o sindicato de outras regiões sobre achados jurídicos que podem ser utilizados”, explica Orlando.

“Havendo fechamento dessas agências, a quantidade de trabalho com as demissões com certeza será aumentada. Com isso, os trabalhadores que ficarem acabarão tendo doenças de trabalho e isso acarreta um prejuízo não só financeiro, mas social, por isso estamos estudando medidas judiciais cabíveis em relação ao que pode ser feito. Nosso jurídico está à disposição para qualquer dúvida em relação ao plano de demissão voluntária ou possíveis ações, coletivas ou individuais”, pontua o advogado Oclécio Assunção Júnior, representante do escritório da assessoria jurídica do SEEBCG-MS.

 

Próximas ações

Seguindo o calendário de lutas aprovado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o SEEBCG-MS realizará uma assembleia nesta sexta-feira, dia 5, com os bancários do BB para deliberação sobre a proposta de paralisação nacional no dia 10 de fevereiro. O sindicato orienta que os bancários do Banco do Brasil votem pela aprovação da paralisação de 24 horas.

“Nós gostaríamos de ter um número significativo participando das próximas mobilizações porque o sindicato é a soma de cada um, nossa força está na participação de todos. Em nenhum momento deixamos de estar atuando contra essa situação que foi criada pelo banco, já nos encontramos com os parlamentares das cidades que serão impactadas, fizemos reuniões na tentativa de intermediações, dialogamos com a população, visitamos as agências, além dos caminhos que estão sendo traçados pela nossa assessoria jurídica. Dito isso, reforço a importância da participação de todos, pois só assim poderemos chegar fortalecidos pela maioria nas negociações com o Banco do Brasil”, afirma o secretário geral do sindicato e bancário do BB, Rubens Jorge Alencar.

Dúvidas

Para os bancários que tiverem dúvidas ou sugestões, podem entrar em contato pelo e-mail do sindicato [email protected] ou diretamente com os diretores que representam o Banco do Brasil.

  • Neide (Presidenta):  99262-7533
  • Rubens (Sec. Geral): 99272-4954
  • Orlando (Sec. Assuntos Jurídicos): 99268-9975
  • Luciana (Sec. Patrimônio): 99272-3431

Por: Daiana Porto/Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS

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