24 de Setembro de 2008 às 11:23

Previ começa a se desfazer de ativos problemáticos

A Previ deu mais um passo em direção ao objetivo de sanear investimentos e entrar 2009 livre de negócios malsucedidos. O Grupo Paranapanema, no qual o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil tem 49,08% do capital total, anunciou ontem a venda de seu ativo de estanho, a Mineração Taboca, mais uma subsidiária integral, por R$ 850 milhões para o grupo peruano Serra da Madeira Participações. Até o final deste ano, a Previ deve ainda concluir a negociação do resort Costa do Sauípe para a rede jamaicana SuperClubs. A próxima etapa será a venda do parque de diversões Hopi Hari, conta o presidente da Previ, Sérgio Rosa.
 
“Desde que assumi a presidência da Previ, a gente sempre falou com os nossos associados que teríamos um foco muito grande em tratar esses ativos que entendemos que estavam com problemas”, afirma Rosa. De acordo com ele, a Paranapanema já está com sua dívida, próxima a R$ 1 bilhão, equacionada. “A Previ precisa reduzir sua participação em renda variável e vai selecionando ativos para isso”, disse.
 
Costa do Sauípe, complexo hoteleiro no litoral da Bahia 100% de propriedade da Previ, também já consumiu R$ 1 bilhão, desde 2000, e está sendo negociado por cerca de R$ 200 milhões, segundo fontes do setor de turismo. O advogado Alexandre Clapis, coordenador da equipe que finaliza o contrato de venda, não confirma o valor, mas diz que o resort está passando por uma auditoria jurídica, cujo relatório final fica pronto esta semana, e outra análise técnica. O negócio pode ser finalizado até 30 de setembro.
 
“O pessoal que esteve lá para conhecer o empreendimento disse que é uma jóia que precisa ser lapidada. Em termos de operação, é possível ter bons rendimentos e retornos”, afirma Clapis, do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice, que mobilizou uma equipe de pelo menos 15 advogados para formatar o contrato de venda para os jamaicanos.
 
Rosa anunciou que todos os sócios do Hopi Hari, localizado em Vinhedo, interior de São Paulo, negociam suas participações. A Previ tem cerca de 10% do capital total do empreendimento. O parque também tem como acionistas a LPDS Participações (Grupo GP), com 44,5%; Fundação Atlântico (do Grupo Oi), 13,2%; Funcef (Caixa Econômica Federal), 10,91%; Petros (Petrobrás), 9,88%; Prevhab, 6,66%; e outros, 4%.
 

“Vai ser uma saída em conjunto. Todos os sócios estão trabalhando na mesma direção. Ninguém está fazendo nada sozinho. Estamos procurando alguém que se interesse em adquirir o parque, que tenha possibilidade de investir e tocar para frente”, afirma Rosa. O Hopi Hari informa que estima crescimento de 17,2% na receita de 2008, para R$ 83,7 milhões, com dois milhões de visitantes.

Alberto Komatsu, do Estado de S. Paulo
 

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