11 de Dezembro de 2007 às 11:28
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Alvo de protestos, HSBC volta a demitir no Brasil
Quando se esperava que a onda de demissões no HSBC tivesse sido encerrada o banco inglês anunciou uma nova onda de demissões no Brasil: cerca de 100 renegociadores de crédito foram desligados do banco na quinta-feira (6 de dezembro), dois deles na base do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande/MS e Região.
“Parece que, quanto mais se lucra, mais se demite no Brasil”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, José dos Santos Coqueiros, também funcionário do HSBC. Ele lembrou que, ao mesmo tem em que quase 500 bancários foram desligados pela instituição, o HSBC anunciou o maior resultado nos seus dez anos de atividade no País: em 2006, o banco lucrou R$ 946,7 milhões. Neste ano, os lucros do HSBC no primeiro semestre chegaram a US$ 360 milhões (com impostos), colaborando com o desempenho mundial de US$ 10,9 bilhões.
Os desligamentos acenderam uma nova luz de alerta no banco. No início do ano, cerca de 200 funcionários foram demitidos em todo o País, e outros 120 perderam o emprego em novembro. “Agora vemos essa situação lastimável, vinda de um banco que sempre aspirou estar entre os gigantes do mercado brasileiro. Esse comportamento deixa o HSBC ao lado de grandes bancos, mas apenas pelas atitudes”, afirmou Luiz Alexandre Marcondes Monteiro, secretário de Imprensa e Comunicação.
Regionalmente, não são encontradas justificativas para o enxugamento de cargos no HSBC, “um banco que sempre esteve entre os líderes do assédio, por manter equipes pequenas para uma demanda grande de serviços”, lembrou Coqueiro. Já em caráter mundial, o banco inglês é mais uma vítima da crise global desencadeada pelo mercado hipotecário dos Estados Unidos. Segundo a Folha Online, o HSBC, ao lado do Swiss Re, deve registrar prejuízos de US$ 400 bilhões com a crise de crédito norte-americana – de acordo com estudos da consultoria Goldman Sachs.
Secretaria de Imprensa e Comunicação, com Folha Online
