24 de Dezembro de 2007 às 15:05
A matriz do HSBC na Inglaterra está pressionando a direção do banco no Brasil para que sejam revisadas as notas atingidas pelos funcionários no CDP. Segundo a matriz, o CDP, que é aplicado da mesma forma em todo o mundo, exibe um padrão no modo como se distribuem as notas dos empregados em cada país: 20% recebem notas 1 ou 2; 70% ficam no médio nível no 3; e 10% tiram notas 4 ou 5. No entanto, no Brasil, os empregados com notas 1 ou 2 foram cerca de 30%, acima da media mundial. Dessa forma, a matriz exige que se faça um realinhamento das notas, se enquadrando nessa curva padrão, o que já foi anunciado pelos diretores brasileiros.
No entanto, segundo o banco, a alteração das notas não mudará os valores recebidos pelos funcionários no PPR. “O problema é que não é só o PPR que é afetado pela nota do CDP, mas também a avaliação geral do desempenho dos funcionários, aumentando ou diminuindo possibilidades de promoção e mesmo a manutenção do emprego”, preocupa-se Miguel Pereira, diretor da Contraf/CUT e funcionário do HSBC.
“Os dados da matriz inglesa apontam para uma distorção na avaliação brasileira , que pode ter sido para os dois lados. Funcionários bons podem ter recebido notas ruins. Os sindicatos precisam ficar atentos para avaliarmos como acontecerá esse processo e qual a dimensão desse realinhamento”, defendeu Pereira.
Contraf/CUT
Link: https://seebcgms.org.br/banco-hsbc/hsbc-quer-realinhar-notas-do-cdp-no-brasil/