Banco HSBC

Diante da falta de diálogo, medidas administrativas e judiciais tornaram-se a saída.

No dia 01 de abril, a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu parecer técnico recomendando a aprovação da compra do HSBC Brasil pelo Bradesco, desde que condicionada à celebração de um Acordo em Controle de Concentrações (ACC). A transação ainda terá que ser aprovada pelo Tribunal do Cade e as partes envolvidas no processo têm 30 dias para apresentar alegações quanto à impugnação

Diante disso, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e sua assessoria jurídica decidiram preparar um recurso para ser enviado ao Conselho Administrativo. Uma vez que o ACC apresentado pelo Cade se refere apenas ao atendimento à clientes e usuários e a à concentração bancária – e não ao emprego dos bancários –, a entidade irá reiterar a necessidade da preservação das vagas.

“O parecer da Superintendência do Cade evidencia que o Bradesco desrespeita seus clientes quando oferece um atendimento sem qualidade e exige que essa situação seja alterada. Para que haja atendimento de qualidade, é preciso bancários trabalhando!”, defenda Cristiane Zacarias, coordenadora nacional da COE/HSBC. Ao longo de 2015, os funcionários do Bradesco realizaram uma extensa campanha de mobilização, exigindo, entre outras demandas, mais contratações para melhorar o atendimento e diminuir a sobrecarga de trabalho.
Sem diálogo

Desde de setembro de 2015, quando aconteceu a última conversa entre o movimento sindical e a direção dos banco, o Bradesco e o HSBC Brasil se negam a falar sobre a manutenção dos empregos. “Mesmo quando insistimos, o Bradesco se recusou a assinar um acordo que estabelecesse alguma garantia de emprego. Depois disso, ambos os bancos se mantiveram em silêncio. Diante dessa ruptura da via negocial, não nos restam alternativas que não tomar medidas administrativas e judiciais que estão ao nosso alcance”, conclui Elias Jordão, presidente do Sindicato.

Renata OrtegaSEEB Curitiba