11 de Novembro de 2008 às 11:54

Bancários cobram garantias. Itaú e Unibanco negam!

A Contraf/CUT, representantes das comissões de organização dos empregados (COE) do Itaú e do Unibanco e o Sindicato de São Paulo cobraram nesta segunda-feira, 10, a ratificação por escrito do compromisso de que não haverá demissões nos dois bancos, assumido pelos presidentes das instituições, Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, ao anunciarem a fusão das empresas, na semana passada. Os negociadores do Itaú e do Unibanco reafirmaram o compromisso, mas não quiseram assinar um documento com as garantias. Por reivindicação dos dirigentes sindicais, as negociações vão continuar. A próxima reunião deverá ser marcada pelos bancos até a próxima sexta-feira.
 
“Achamos extremamente importante estabelecer esse processo de negociação e esperamos que na próxima reunião os bancos possam assumir por escrito a garantia de que não haverá cortes de postos de trabalho com a fusão”, afirma Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf/CUT e funcionário do Itaú, que participou da reunião.
 
“Assim como fizeram o comunicado para o mercado e para a sociedade, queremos que os bancos dêem as mesmas garantias aos trabalhadores. Os bancos se dizem modernos, querem ter atuação internacional, então precisam fazer como os bancos europeus, que negociam com os sindicatos todos os processos de fusões empresariais”, acrescenta Cordeiro, que na quinta e sexta-feiras da semana passada participou da Conferencia Européia para o setor de finanças e da Reunião Mundial da UNI Sindicato Global, realizada em Viena, Áustria.
 
Na reunião desta segunda-feira, os representantes dos bancos repetiram os argumentos de Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles de que, com a fusão, a nova instituição financeira pretende crescer ainda mais, inclusive em nível internacional, e contratar mais bancários. Mas se recusaram a assumir o compromisso por escrito.
 
A Contraf/CUT orienta os sindicatos a ficarem alertas e a mapearem eventuais demissões no Itaú e no Unibanco. “Nosso lema deve ser 'demitiu, parou'”, avisa Carlos Cordeiro.
 

Contraf/CUT
 

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