12 de Março de 2012 às 20:47

Bancários de Mato Grosso do Sul denunciam Itaú

"É o trabalhador massacrado que sofre violência organizacional!", protesta Benício (1º esq.-dir.)

 
Dirigentes sindicais bancários realizaram nesta segunda-feira pela manhã, simultaneamente em Campo Grande e Dourados, ato público para denunciar a clientes e usuários do Itaú Unibanco as precárias relações de trabalho no banco. Na pauta da manifestação, demissões e assédio moral. Panfletos foram distribuídos ao público.
 
Um dos pontos fundamentais do ato foi a busca de conscientização da sociedade sobre os problemas enfrentados pelos/as funcionários/as da instituição. Além dos/as bancários/as, o enxugamento do Itaú Unibanco atinge quem depende da instituição para ter acesso a serviços financeiros quotidianos. “Isso não só prejudica funcionários, mas também usuários e clientes”, explicou o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Edvaldo Franco Barros. “Essas demissões são arbitrárias e estão sendo revertidas na Justiça do Trabalho por meio de processos de reintegração movido pelo Departamento Jurídico do Sindicato”, reforçou Barros, segundo o qual trabalhadores antigos da instituição vêm sendo demitidos.
 
Segundo o secretário de Relações Sindicais e Saúde da entidade de Campo Grande, Benício Faustino, os bancários do Itaú Unibanco com mais tempo de trabalho, acima de 20 anos de emprego, por exemplo, estão sendo descartados. O banco se resume a justificar que os serviços dos mais experientes não são mais necessários. 
 
O aposentado Cícero Leite Silva, 61 anos, criticou o falta de bom atendimento do banco por conta das demissões. “Não está bom!” Cícero acrescentou que os/as aposentados/as analfabetos/as não conseguem ajuda quando têm dificuldade de utilizar os serviços do Itaú Unibanco. “Ficam perdidos! Não têm a quem recorrer.” Esmeraldina Maria Leite da Silva, 88 anos, mãe de Cícero, sofre os mesmos constrangimentos por que passam o filho.
 
A trabalhadora Suely César Lopes tem uma conta-salário no banco. Ela perde muito tempo para sacar seu salário. “Está demorado!” Suely disse que na última vez que precisou de serviço do banco ficou aguardando 40 minutos, enquanto que o tempo máximo de espera, determinado por lei, é de 15 minutos.
 
A secretária de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Neide Maria Rodrigues Borges, fez um alerta sobre o assédio moral que vem sendo praticado por gestores do banco, através da imposição de metas absurdas.
 
Também sobre o assédio moral, Benício Faustino foi contundente: “É o trabalhador massacrado que sofre violência organizacional!” Segundo Faustino, a pressão vem por meio da exigência “irresponsável” para vender produtos financeiros.

Convênios saiba +

Clube de campo saiba +

Jogos/ Resultadossaiba +

Parceiros