3 de Novembro de 2009 às 12:03
Contraf-CUT e as entidades sindicais retomam na terça-feira, dia 3, às 14h, as negociações permanentes com o Itaú Unibanco, em São Paulo. Uma série de demandas dos trabalhadores será debatida com o banco, como a geração de empregos e a igualdade de tratamento para os funcionários diante do processo de fusão.
Emprego
Na recente campanha salarial, os bancários reivindicaram mais contratações para acabar a sobrecarga de trabalho, prevenir o adoecimento de funcionários e melhorar o atendimento aos clientes. "A Fenaban não aceitou incluir uma cláusula na convenção coletiva e apontou que o caminho é discutir o assunto com cada banco", lembra o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
"Nas negociações específicas com o BB conquistamos 10 mil empregos até 2011 e com a Caixa, 5 mil novos postos de trabalho até 2010. Agora chegou a vez do Itaú Unibanco fazer a sua parte", destaca o dirigente sindical.
O presidente da Contraf-CUT destaca ainda que no início desta semana o blog do jornalista Guilherme Barros, no site Último Segundo, informou que "segundo Roberto Setúbal, presidente do banco, o Itaú Unibanco se prepara para fazer entre 13 mil e 14 mil contratações no ano que vem. Isto significa um volume de 6 a 7 contratações por hora, ou uma a cada 10 minutos. Do total, o saldo entre novas contratações e reposição de vagas deverá ser positivo em cerca de 8 mil postos de trabalho".
Isonomia de direitos
"Vamos buscar a isonomia de direitos, mas queremos nivelar por cima", afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, que participa das negociações com o banco. "Queremos manter o que há de melhor nas duas empresas para todos os trabalhadores", destaca Marcolino.
Como exemplo, o presidente do Sindicato cita a situação do crédito imobiliário, que deve preservar a melhor taxa possível de financiamento para os trabalhadores. Outro ponto é a isenção de tarifas, que já existia no Itaú e que deve ser estendida aos funcionários do Unibanco.
"Também nos planos de saúde vamos buscar o que há de melhor para todos os empregados. Queremos igualar jornadas e salários das centrais de atendimento, preservando a melhor situação", conta Marcolino.
A reunião deve tratar, ainda, da conclusão da situação do IAPP, o instituto de assistência do Unibanco.
Reunião da COE
Antes da negociação, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco se reúne às 9h30, na sede da Contraf-CUT, no centro da capital paulista, para preparar os debates com o banco.
Fonte: Contraf/CUT
Link: https://seebcgms.org.br/banco-itau/bancarios-negociam-com-itau-unibanco-na-terca-e-cobram-emprego-e-isonomia/