20 de Abril de 2012 às 10:57
A Contraf-CUT, federações e sindicatos realizam na próxima segunda-feira  (23) nova rodada de negociação com o Itaú. Os trabalhadores discutirão o  Programa Complementar nos Resultados (PCR) e a possibilidade de um  acordo coletivo sobre um sistema alternativo eletrônico de controle de  jornada de trabalho. A negociação acontece às 14h, na sede da  Contraf-CUT, em São Paulo.
Os bancários vão abrir o debate sobre as regras e valor do PCR de 2012.  Os valores de 2011, já recebidos pelos trabalhadores, foram definidos em  um acordo negociado em 2010, com dois anos de duração.  
"Com lucros recordes ano após ano, o Itaú precisa negociar parâmetros  que de fato tragam valorização para os principais responsáveis por esses  resultados gigantescos, que são os funcionários do banco", destaca Jair  Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados  (COE) do Itaú, órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o  banco. 
Ponto eletrônico  
O Itaú informou aos bancários que apresentará na reunião um novo modelo  de ponto eletrônico, já adaptado às portarias do Ministério do Trabalho e  Emprego (MTE) que entraram em vigor no último dia 1º de abril.  
A flexibilização da portaria 1.510/2009, que trata do sistema de  registro de jornada, foi permitida pela portaria nº 373 do MTE, que  viabiliza a adoção pelos empregadores de sistema alternativo de controle  da jornada de trabalho. Desta forma, a instalação do REP (Registrador  Eletrônico de Ponto) pode ser dispensada, desde que haja acordo com as  entidades sindicais representativas dos trabalhadores. 
Cabem duas possibilidades aos bancos: 
1) implementar a íntegra da Portaria 1.510, que importa nas  determinações quanto a utilização de software homologados pelo MTE e a  compra e instalação dos REPs (novos equipamentos para registro  eletrônico de ponto); 
2) ou, de acordo com a Portaria 373, celebrar acordos ou convenções  coletivas com os sindicatos para legalizarem os atuais sistemas de  marcação de ponto eletrônico. 
"Vamos cobrar do banco um acordo que garanta o registro correto da jornada no sistema, sem qualquer mecanismo de compensação de horas extras, e que assegure o livre acesso dos sindicatos para fiscalizar a marcação do ponto", afirma Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da COE do Itaú.
Fonte: Contraf-CUT 
 
				Link: https://seebcgms.org.br/banco-itau/contraf-negocia-pcr-e-ponto-com-itau-na-segunda/