Em protesto, Sindicato dos Bancários paralisa agências do Itaú em Campo Grande

6 de Fevereiro de 2025 às 11:51

Em protesto, Sindicato dos Bancários paralisa agências do Itaú em Campo Grande

Itaú

Nesta quinta-feira, dia 06 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região paralisou as agências do Itaú da Avenida Coronel Antonino e da Rua Cândido Mariano. O protesto visou exigir que a instituição financeira retome a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho e pague a bolsa auxílio-educação aos bancários.

Até 2024, o Itaú firmava acordos específicos com os sindicatos para regulamentar diversos temas, como o teletrabalho e o bolsa auxílio-educação, enquanto o banco de horas era estabelecido por meio de acordos individuais, sem a participação sindical. Porém, para 2025, o banco tentou impor um ACT que unificava todas estas questões, incluindo propostas ruins para os funcionários, como a validação de ponto e de horas extras por parte dos sindicatos. Entenda mais sobre a negociação na publicação específica, clique aqui.

“O Itaú quer que o sindicato dê sua “chancela” para validar o ponto dos funcionários, assim como o banco de horas. Mas o sindicato não pode, e nem deve, validar as horas-extras dos funcionários. A obrigação é do banco!”, disse a presidenta do sindicato dos bancários, Neide Rodrigues.

Neide Rodrigues denuncia a realidade de exploração dos bancários do Itaú. “Eles são obrigados a continuar trabalhando mesmo após marcarem saída no ponto, recebendo mensagens fora do expediente e sem poder definir uma compensação de horas. Não podemos aceitar um acordo que vai institucionalizar os desvios na jornada de trabalho e a arbitrariedade do banco de horas”.

Como forma de pressão e retaliação, o Itaú cortou o pagamento da bolsa auxílio-educação dos bancários. “As entidades sindicais estão dispostas a assinar todos os avanços obtidos nas negociações, mas não vamos assinar propostas que respaldam o desrespeito à jornada de trabalho”, destaca a presidente do sindicato.

Um ofício solicitando a abertura de diálogo foi enviado ao Itaú em 3 de fevereiro, mas ainda não houve resposta.