7 de Maio de 2008 às 11:26
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Em um ritmo similar ao registrado em 2007, o Itaú anunciou faturamento recorde no primeiro trimestre deste ano. O lucro líquido do banco foi de R$ 2,043 bilhões, contra R$ 1,902 bi no mesmo período do ano passado. Excluindo resultados extraordinários, o resultado chegou a R$ 1,979 bilhões.
Dentre os fatores “extraordinários” estão a venda da participação do Itaú no Mastercard e na Visa, e a formação de provisão para perdas de planos econômicos da década de 80.
O resultado do banco é inferior ao do Bradesco no trimestre, que lucrou R$ 2,102 bilhões, o segundo maior resultado da história brasileira e o maior dentre bancos privados, conforme a consultoria Economática.
Segundo a Folha Online, a carteira de empréstimos e financiamentos do banco – incluindo avais e fianças – alcançou R$ 137,691 bilhões no primeiro trimestre de 2008, um aumento de 7,9% em relação ao resultado do quarto trimestre de 2007.
No trimestre passado, as operações de empréstimo e financiamento das micro, pequenas e médias empresas tiveram um aumento de 15,9% em comparação com o trimestre anterior. As operações de crédito das unidades do banco no exterior (Argentina, Chile e Uruguai) tiveram expansão de 11,6%, impulsionadas pelas operações com clientes pessoa jurídica.
A carteira de veículos manteve o crescimento, com uma expansão de 10,5% de crescimento em relação ao trimestre anterior.
Taií – O diretor executivo de Controladoria do Itaú, Silvio de Carvalho, disse nesta terça-feira que espera que o Taií (financeira voltada para baixa renda que pertence ao banco) passe a dar lucro até o final deste ano.
Por enquanto, essa operação vêm dando prejuízo. No primeiro trimestre teve perda de R$ 13 milhões. Além disso, o número de lojas da financeira caiu de 838 no final do primeiro trimestre de 2007 para 738 no final do primeiro trimestre deste ano.
“Esperamos que até o final de 2008 as operações da Taií atinjam o ponto de equilíbrio [empate entre receita e despesa]”, disse Carvalho durante teleconferência de resultados do Itaú.
Ele frisou que as operações da Taií estão divididas em três partes: as das lojas próprias (FIT) e as com parcerias com o Pão de Açúcar (FIC) e com as Lojas Americanas (FAI). A FIT teve prejuízo de R$ 13 milhões e a FAI de R$ 8 milhões, enquanto que a FIC teve lucro de R$ 9 milhões.
Carvalho disse que o empate entre receita e despesa não é simples porque o trabalho do Taií começou sem se ter um amplo conhecimento do mercado em que se propunha a atuar. “[O financiamento para baixa renda] É um segmento relativamente novo para os bancos. Ou você compra alguma financeira ou faz seu próprio negócio. Não conseguimos fazer nenhuma aquisição, então começamos um novo”, disse.
Conforme o secretário Luiz Alexandre Marcondes Monteiro (Imprensa e Comunicação do Seeb-CG/MS), o resultado apenas confirma o desempenho dos bancos no País, “que lucram muito sem dar a devida contrapartida aos seus funcionários”. Ele sustenta que tais resultados se revertam em conquistas para os bancários, como a ampliação do emprego e melhorias salariais.
Secretaria de Imprensa e Comunicação, com reportagens da Folha Online
