30 de Janeiro de 2013 às 10:09

Presidente do Itaú Unibanco vai nesta quarta ao Palácio do Planato se explicar

Itaú

Presidente do Itaú Unibanco vai nesta quarta ao Palácio do Planato se explicar

  
No mínimo, ciúmes. Na mais recente leva de encontros da presidente Dilma Rousseff com empresários, antes do anúncio da redução das tarifas de energia, o Palácio do Planalto promoveu encontros com vários pesos-pesados da economia. 

Nomes como Marcelo Odebrecht (da Odebrecht) e Rubens Ometto (da Cosan), mas também com banqueiros, como Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, e Emilio Botín, do Santander. Roberto Setúbal, do Itaú Unibanco, ficou de fora da lista de convidados e viu seus concorrentes aproximarem os laços com o Planalto. Enquanto o Bradesco anunciou novas reduções das taxas de juros, o Santander previu US$ 5 bilhões em financiamentos à infraestrutura.

Nesta quarta-feira, Roberto Setúbal tentará correr atrás do prejuízo. E conseguiu, a seu pedido, e não a convite, uma agenda com a presidente Dilma Rousseff. Na prática, irá se explicar. Terá que dizer, essencialmente, que não faz parte da turma "do contra". 

De todas as instituições financeiras, o Itaú Unibanco é a que mais resistiu à política de cortes nas taxas de juros. Com o ex-ministro Pedro Malan no seu conselho, o banco é associado à época de ouro do Consenso de Washington, em que os bancos emprestavam pouco e tinham ganhos gigantescos com operações de tesouraria. A corretora do Itaú também fez apostas pesadas na queda das ações da Eletrobrás.

A resistência do Itaú Unibanco às mudanças, no entanto, foi além. No Planalto, muitos enxergam no banco a origem à campanha pela demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com reportagens em publicações internacionais, como The Economist e Financial Times, seguidas de vários artigos, com a assinatura do Instituto Millenium, na imprensa local. 

No encontro de hoje, Roberto Setúbal terá que exercer um talento especial: demonstrar apreço tanto pelo governo Dilma, como pelo ministro Mantega. Além disso, caberia explicar porque seu economista-chefe, Ilan Goldfajn, ex-diretor de política monetária do Banco Central, é também um mais persistentes atletas num esporte chamado pessimismo econômico.Fonte: Brasil 247

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