9 de Agosto de 2016 às 09:53

Sindicato de SP assegura reintegração de bancária do Itaú

Itaú

A ação dos dirigentes do Sindicato dos Bancários de SP assegurou a correção de uma enorme injustiça cometida pelo Itaú. O banco havia demitido uma bancária após a mesma sofrer um aborto. Além de escancarar sua total falta de sensibilidade, o Itaú desrespeitou a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, que garante estabilidade por 60 dias nestes casos. Em protesto, o Sindicato paralisou a agência onde a trabalhadora era alocada. A ação deu resultado e a funcionária foi reintegrada.

“Quando soubemos da demissão, imediatamente traçamos uma forma de atuação para que a bancária fosse readmitida o mais rápido possível. Durante a paralisação, distribuímos uma carta aberta à população para esclarecer as razões do nosso protesto. Com isso, tivemos apoio total dos clientes e usuários. E o resultado foi o desejado”, comemora o dirigente sindical e bancário do Itaú Sérgio Lopes, o Serginho.

Após o banco comunicar a reintegração, a paralisação foi encerrada.

Entenda o caso – A bancária já havia sido demitida anteriormente e, após uma primeira ação do Sindicato de SP, foi reintegrada, já que estava grávida na data da demissão. No retorno ao trabalho, dirigentes sindicais a acompanharam e tiveram a promessa dos gestores de que não haveria retaliações.

Entretanto, pouco tempo depois, a trabalhadora perdeu o bebê. Diante disso, ao invés de apoiar sua funcionária, o Itaú a demitiu novamente um mês após o aborto.

“A primeira demissão e a demora do banco para concluir a reintegração pode ter agravado o quadro de estresse da bancária, colaborando para o aborto. Aí, no momento em que ela mais precisava de apoio, o Itaú a demitiu de novo. Se não fosse pela atuação bem sucedida do Sindicato, o banco poderia levar esta trabalhadora a um grave quadro de depressão”, explica Serginho.

Felipe Rousselet 

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