18 de Julho de 2016 às 10:26

Sob alegação de "segurança", Itaú constrange empregados ao revistá-los em Rondônia

Itaú

O clima de constrangimento e humilhação está imperando em todas as agências do Itaú em Rondônia depois que uma determinação da direção do banco obriga os funcionários a serem revistados ao final do expediente diário, sob a falsa alegação de ‘saída segura’.

De acordo com denúncias recebidas pelo Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), desde o início de julho a direção regional do banco baixou uma ordem para que todos os bancários que utilizam bolsas, mochilas e similares no local de trabalho fossem revistados ao concluir o expediente, com a justificativa de que, se estivessem transportando numerários, poderiam ser vítimas potenciais da ação de criminosos (assaltos, sequestros) ao sair da agência. A revista é feita pelos vigilantes que, por sinal, sequer tem poder de polícia para tal atividade, ou seja, mais uma irregularidade, com o desvio de função para os vigilantes.

“Ocorre que essa iniciativa está sendo deturpada, já que os funcionários não carregam malotes, nem ao entrar, nem ao sair das agências, até porque é proibido o transporte de numerários. E, com isso, os gestores acabam atuando de forma ilegal ao constranger os funcionários, que são obrigados a ter seus pertences revistados todos os dias. E para piorar, o funcionário que se negar a ser revistado terá seu nome relatado em ata e, consequentemente, poderá sofrer retaliações por parte do banco. Ora, nenhum trabalhador pode ser tocado ou ter seus pertences remexidos, principalmente os bancários, que são funcionários da empresa, dão um duro danado por horas e horas, e agora, exaustos e com vontade de ir pra casa e ver seus familiares, são tratados como criminosos? Não podemos, enquanto sindicalistas, admitir tal postura que constrange e humilha ainda mais os trabalhadores bancários”, disparou José Toscano, diretor de Administração do SEEB-RO e funcionário do Itaú.

“Caso essa atividade de revista aos empregados não seja extinta, o Sindicato vai denunciar o fato ao Ministério Público do Trabalho e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e até à Polícia Federal, pois não podemos deixar que trabalhadores sejam submetidos a situações vexatórias impostas a contragosto de quem tanto lucra e que tem perfeitas condições de cuidar da segurança de seus clientes, usuários e empregados sem constrangimentos, a exemplo da utilização de aparelhos de Raio-X nas portas giratórias. A preocupação do banco, ao que tudo indica, não é proteger o ser humano, mas sim o seu patrimônio financeiro”, destacou José Pinheiro, presidente do Sindicato.

 NACIONAL

A mencionada ‘saída segura’ é uma iniciativa que já foi tomada pelo Itaú a nível nacional mas, pela forte atuação do movimento sindical, foi extinta, a exemplo de agências de Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, que ainda no início de 2015 tentaram impor a revista aos funcionários, mas recuaram após reações dos Sindicatos e denúncias aos órgãos responsáveis. Hoje a revista de funcionários está expressamente proibida pela própria direção do banco nestes Estados.

Fonte: SEEB-Rondônia

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