5 de Março de 2020 às 09:12

Santander não atende principal reivindicação

Negociação

SEEB/São Paulo

No segundo dia de negociação para a renovação do acordo coletivo específico do Santander, os representantes dos trabalhadores apresentaram propostas que atendem às necessidades dos bancários. Durante a reunião, que ocorreu nesta quarta-feira (4), os dirigentes sindicais de todo país voltaram a cobrar pontos como a isenção de tarifa e linhas de crédito com condições diferenciadas para os bancários do Santander.

Os dirigentes sindicais reforçaram, durante a mesa de negociação, que estão aguardando uma proposta que dialogue com os anseios dos trabalhadores do Santander e que todas as reivindicações apresentadas são factíveis, especialmente para um banco que dobrou seu lucro nos últimos cinco anos e que tem uma alta rentabilidade graças ao esforço dos trabalhadores em atender as metas, por vezes abusivas, estabelecidas pela direção.

O banco ainda não sinalizou uma data para a retomada das negociações.

A minuta de reivindicações, elaborada com base na consulta realizada com os bancários em janeiro e fevereiro deste ano, teve ampla participação dos trabalhadores, e revelou um combo de reivindicações importantes que foram entregues para o banco na terça (3). 

Tarifas e linha de crédito

Para a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani, umas das prioridades deste novo acordo é garantir a isentação total de tarifas para os trabalhadores, visto que os funcionários do banco no Brasil são os únicos em mais de 150 países onde o banco está presente a pagar tarifas. Em 2019, o banco lucrou R$ 18 bilhões apenas com tarifas – valor equivalente a duas vezes a folha de pagamento, incluindo a PLR.

Ela lembrou ainda que outra das reivindicações diz respeito a linhas de crédito com condições diferenciadas.

"Em outras indústrias menos rentáveis, como a automobilística, por exemplo, é comum que os trabalhadores tenham condições vantajosas para acessar linhas de crédito. Ainda que a operação brasileira do Santander seja responsável por 28% do lucro global, os funcionários responsáveis por este resultado não têm qualquer tipo de vantagem", explica Maria Rosani, que também é dirigente executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

"Nós valorizamos o processo de negociação e sabemos da importância deste acordo para os trabalhadores do Santander, e por isso esperamos que nos seja apresentada uma proposta que atenda às reivindicações levantadas na consulta junto os funcionários do banco", finaliza.

Fonte: SEEB/São Paulo

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