27 de Junho de 2008 às 18:46

Adoecidos denunciam perseguição no Santander

Bancários têm os atestados médicos recusados e sofrem pressão para voltar ao trabalho

São Paulo – O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região vem recebendo graves denúncias de bancários que estão sendo coagidos, no Santander, a trabalhar mesmo sem condições de saúde. O banco passou a realizar uma avaliação para validar o atestado médico apresentado pelo funcionário. A irregularidade funciona da seguinte forma: o bancário apresenta o documento e depois é convocado a passar pelo médico do Santander, que ignora o diagnóstico do profissional que avaliou o funcionário. No resultado do exame do médico do banco é atestado que o trabalhador tem condições de exercer a função.
 
Depois de algum tempo, o departamento de recursos humanos envia um telegrama para a casa do bancário exigindo o retorno imediato ao trabalho. Vale ressaltar que os médicos que atestam a incapacidade são ligados ao próprio convênio fornecido pelo banco.
 
Dirigentes sindicais tiveram acesso a um comunicado enviado pelo gerente de recursos humanos do Santander, Manoel Jardim Monteiro, em que ele diz com todas as letras que não encaminha o funcionário para o INSS porque o médico do banco não constatou a doença, e que o bancário deverá voltar imediatamente ao trabalho.
 
Além de coagir o funcionário, o banco se recusa a fornecer o documento que informa qual foi o último dia de trabalho, o que impede a concessão do auxílio-doença do INSS.  Num dos casos relatados ao Sindicato, além do médico que avaliou o funcionário, o INSS também constatou a doença, diferentemente do profissional contratado pelo Santander que não diagnosticou e deu alta apesar da falta de condições do trabalhador.
 
O Sindicato já encaminhou um documento à Superintendência de RH relatando as denúncias e exigindo imediata providência. “Os bancários que forem coagidos devem denunciar para o Sindicato, Ministério Público do Trabalho e também ao Conselho Regional de Medicina (CRM). De acordo com as denúncias existem fortes indícios de desvio ético tanto do Santander quanto do médico contratado pelo banco”, afirma o funcionário do banco e diretor do Sindicato Marcelo Sá.
 

Carlos Fernandes, do SP Bancários
 

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