27 de Novembro de 2008 às 22:27

Bancários conquistam PLR proporcional para quem se aposenta no Santander

Na quarta rodada de negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) da Contraf-CUT e o Santander, ocorrida nesta terça-feira, dia 25, em São Paulo, foi garantido o pagamento da PLR proporcional para quem se aposentou após o dia 2 de agosto, nos mesmos moldes dos demitidos sem justa causa, conforme estabelece a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Nova reunião foi agendada para o próximo dia 5 de dezembro, às 14h, quando será finalmente discutido o Programa de Participação nos Resultados (PPR).
 
“A extensão da PLR para quem se aposenta após o dia 2 de agosto é mais um avanço, fruto da nossa luta, pois amplia as nossas conquistas e fortalece o aditivo que iremos assinar pelo terceiro ano consecutivo com o banco espanhol”, avalia o diretor da Contraf-CUT, Paulo Stekel.
 
“Estamos reparando uma tremenda injustiça com os aposentados, pois esses trabalhadores foram igualmente responsáveis pelos lucros do banco, mas eram alijados na distribuição da PLR”, destaca o presidente da Afubesp, Paulo Salvador. “Entretanto, vamos continuar lutando para que nos próximos aditivos possamos estender essa conquista aos que se aposentam antes do dia 2 de agosto”, acrescenta.
 
Novidade na licença-amamentação – Outro avanço foi assegurado para as mães. “No ano passado conquistamos a extensão da licença-amamentação, que é de uma hora nos primeiros seis meses da vida da criança pela CLT, para nove meses. Agora obtivemos a garantia de opção para a mãe que queira transformar esse acréscimo de uma hora em três meses num período de dez dias para ser acrescentado na licença-maternidade”, salienta a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.
 
PPR precisa aumentar – O PPR será debatido na próxima negociação. Em 2007, o valor foi de R$ 300 e, neste ano, R$ 600. Na terceira rodada, ocorrida no último dia 18, o banco anunciou uma proposta insuficiente de R$ 660 e os representantes dos trabalhadores reafirmaram a reivindicação de R$ 2.000.
 
“Do trabalho dos funcionários é que vem a enorme lucratividade do banco, no entanto, eles não são devidamente valorizados na hora da distribuição dos resultados”, ressalta o coordenador da COE do Santander, Mário Raia. O PPR é um programa de isenções fiscais e, por isso, deve ser repartido com justiça entre empresa e trabalhadores.
 
Auxílio-educação melhora – Ainda na negociação desta terça, o Santander ratificou a melhoria do auxílio-educação, conforme proposta negociada na rodada anterior. “O banco reiterou a elevação de 1.000 para 1.250 bolsas de estudo a todos os trabalhadores, mantendo o reembolso de 50% do valor da mensalidade, mas aumentando o teto de R$ 300 para R$ 330. Também serão ampliados os cursos que têm relação com a atividade bancária”, explica o diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, Ademir Wiederkehr.
 
Outro ponto que avançou foi a possibilidade de o estagiário que vier a ser contratado pelo banco usufruir o benefício, de imediato. Hoje, ele só pode se candidatar para uma bolsa após um ano de carteira assinada.
 
Extensão do aditivo aos bancários do Real – Os dirigentes sindicais reafirmaram a necessidade de estender as conquistas do aditivo do Santander para os trabalhadores do Real, diante do processo de fusão entre os dois bancos que está em andamento. O banco ficou de estudar a reivindicação e dará uma resposta na próxima rodada.
 
Contraf/CUT
 

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