6 de Agosto de 2008 às 15:05

Bancários conseguiram vencer ao gigante das finanças

São Paulo/SP - Apesar das ameaças das autoridades governamentais sobre um período onde os clientes chilenos terão que “apertar o cinto”. Além dos golpes e detenções arbitrárias das forças especiais de carabineros - nome dado a polícia no Chile - e dos grupos de vigilantes contratados pela holding Santander Espanha.
 
Pese as agressões de todo o tipo, incluindo sexuais, contra os trabalhadores; as perseguições armadas aos dirigentes sindicais, empregados hospitalizados e uma greve de fome de 6 dias.
 
Na contramão de uma lei trabalhista completamente antagônica a defesa dos direitos e a organização dos trabalhadores. Fazendo frente a um bloqueio de comunicação devido a publicidade milionária da Holding Santander em todos os canais de televisão, em todos os jornais de tiragem nacional, e nos principais rádios.
 
Assim e com tudo isso, mais de 700 trabalhadores e trabalhadoras do Santander Banefe Multinegocios - ramo de força para venda do grupo - levaram adiante uma greve de um mês; de longe, a mais longa dos bancários em quase 40 anos.
 
Finalmente, em 1 de agosto, durante a tarde de inverno no coração de Santiago, depois de uma complexa e conflitiva Negociação Coletiva, os empregados conquistaram um conjunto de benefícios devido a convicção unitária, vontade inviolável de luta, e um espírito de dignidade manifesta em cada uma das assembléias gerais dos trabalhadores.
 
A proposta final da administração financeira, fortemente pressionada pelos trabalhadores e seus dirigentes, foi aprovada por uma ampla maioria da assembléia sindical, através de voto secreto. Imediatamente depois dos votos metropolitanos e regionais, os representantes dos trabalhadores iniciaram uma reunião com a empresa onde se consolidou o acordo.
 
Tanto os dirigentes do sindicato, como a Federação de Sindicatos do Grupo Santander e a Confederação de Trabalhadores Bancários que foram parte de todo o processo desde seu início, qualificaram o resultado como “bom, considerando o gigante financeiro ao que se enfrentava; o enfraquecimento do sindicalismo no país; a violência irracional que sofreu este movimento; o nulo apoio de políticos e governo; Somente recebemos solidariedade de alguns dirigentes particulares, muito de pessoas comuns e correntes, e o apoio irrestrito de organizações sindicais de paises latino-americanos e de muitas outras internacionais. A fluidez e práticas democráticas autênticas entre dirigentes e associados, aportam substantivamente a unidade dos trabalhadores e ao resultado das negociações. A greve do Santander Banefe será um exemplo de luta para o conjunto dos empregados do setor. Com nossa greve demonstramos que as condições de trabalho podem melhorar com unidade, ética, participação ativa e claridade nos objetivos”.
 
Do total de grevistas, 85% eram mulheres. O futuro da recomposição sindical também esta em mãos das trabalhadoras.
 
Confederação Bancária do Chile (tradução Contraf/CUT)

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