1 de Setembro de 2011 às 11:15

Bancários entregam pauta específica para renovar aditivo ao Santander

Crédito: Roberto Parizotti/Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entregou nesta terça-feira, dia 30, ao Santander, em São Paulo, a pauta específica de reivindicações dos funcionários para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A minuta é resultado da participação de milhares de trabalhadores do banco espanhol em todo país, que apontaram em consulta nacional as prioridades para melhorar as condições de saúde e trabalho e buscar novas conquistas.
 

Durante a entrega, foi reivindicado que o atual aditivo, cuja vigência termina nesta quarta-feira, dia 31, tenha a sua validade prorrogada até o final das negociações. O Santander se comprometeu em já prorrogar o aditivo por 30 dias.
 

Os dirigentes sindicais defenderam que as negociações específicas com o Santander ocorram concomitantemente às gerais da categoria com a Fenaban, da mesma forma como já acontece com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco da Amazônia, o Banco do Nordeste e vários bancos estaduais. O banco ficou de analisar a proposta.
 

A pauta é composta por dois blocos distintos. O primeiro reúne cláusulas já existentes no atual acordo, onde se reivindica apenas a renovação, corrigindo-se datas e valores. O segundo é integrado por propostas de novas cláusulas ou temas que requerem apenas uma nova redação.
 

Principais reivindicações
 
A garantia de emprego, mais contratações e o Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) estão entre as principais reivindicações.
 

Também merece destaque a proposta de cinco ausências abonadas por ano para cada trabalhador. Como durante o ano existem sete meses com 31 dias e, nestas ocasiões, os bancários só recebem por 30 dias, o mesmo acontecendo com o mês de fevereiro, quando são trabalhados 28 dias e a remuneração equivale a 30, cinco dias ficam de graça todos os anos para o banco. É esse período que os bancários querem que seja transformado em ausências abonadas, como já acontece com os trabalhadores do banco na Espanha.
 

Também consta o empréstimo de férias no valor de um salário, cujo pagamento pelo bancário ocorreria em dez parcelas sem juros. Para o auxílio-educação, já conquistado e incluído no aditivo, está sendo reivindicada a ampliação para cursos de pós-graduação e de idiomas.
 

Outras demandas importantes são a manutenção do plano de saúde durante a aposentadoria nos mesmos moldes dos trabalhadores da ativa e a permanência do banco no patrocínio aos fundos de pensão (SantanderPrevi, Banesprev e Bandeprev) e à Cabesp.
 

"Esperamos que o processo de negociação seja agilizado, ao contrário do que ocorreu por ocasião dos acordos anteriores, como forma de valorizar os funcionários, os principais responsáveis pelo lucro de R$ 4,154 bilhões no primeiro semestre deste ano no Brasil, o que representa 25% do resultado mundial do Santander, a maior participação em todos os países onde o banco opera", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr
 

"Todas as reivindicações têm apenas um objetivo: melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida dos funcionários. São cláusulas sociais fundamentais que garantirão, por exemplo, que as pessoas passem um pouco mais de tempo com seus familiares ou possam se qualificar melhor. Propostas que o banco pode atender para valorizar os bancários", ressalta a secretária de Finanças do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.
 

Mobilização
 
Com a entrega da pauta específica, os trabalhadores do Santander têm mais um bom motivo para vestir a camisa da Campanha Nacional dos Bancários. "Todos os funcionários devem participar ativamente da mobilização, pressionando a Fenaban e o Santander para que possamos avançar na luta por emprego decente com aumento real e novas conquistas", destaca Ademir.
 

"É fundamental que os trabalhadores se empenhem muito para assegurar avanços tanto na negociação específica com o Santander quanto nas gerais com a Fenaban", conclui Rita.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

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