12 de Março de 2021 às 11:17
Santander
Por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) que assola o país, os adoecimentos têm se intensificado entre os trabalhadores do Santander nos últimos 12 meses. Diante desta realidade, a Comissão de Organização dos Empregados do Santander quer discutir uma série de questões que envolvem a saúde e o bem-estar com dos empregados da instituição financeira.
“Encaminhamos ao Santander nesta quarta-feira 10 pauta sobre temas de saúde que pioraram na pandemia e que queremos debater, pois os trabalhadores têm pressa na solução. Esperamos resposta do banco para agendamento de uma reunião”, diz a coordenadora da COE Santander, Lucimara Malaquias.
Veja abaixo os temas que os representantes dos empregados querem debater com o Santander.
Muitos trabalhadores têm tido dificuldade de enviar o atestado médico para o banco, ou o gestor não insere no sistema ou o próprio trabalhador não consegue cadastrar no sistema, o que tem ocasionado em faltas para os trabalhadores;
Reinvindicação: O banco precisa ajustar esses procedimentos e orientar por escrito o trabalhador dos trâmites a serem feitos. Todo atestado deverá ser recebido pelo gestor imediato.
Cumprir o que determina a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2018-2020, que estabelece, para os afastamentos superiores a 15 dias, que: o empregado que, por motivo de doença, afastar-se do trabalho por período superior a 15 dias consecutivos, deverá apresentar ao banco, mediante protocolo de entrega, o atestado médico que comprove a sua incapacidade laborativa, até o 1º (primeiro) dia útil após a sua emissão, salvo se houver alteração do prazo estabelecido no e-Social, quando este passará a ser observado.
O banco tem convocado funcionários para exame de retorno ao trabalho antes da data da perícia agendada, e orienta o funcionário que aguarde a perícia do INSS trabalhando. Porém, quando o trabalhador protocola novo atestado médico ao banco, antes da realização do exame de retorno, tem a negativa do atestado médico. E o banco somente aceita novo atestado após a realização do exame de retorno. Ao protocolar novo atestado médico após a realização do exame de retorno, tem o corte do pagamento da antecipação salarial, mesmo que o trabalhador não tenha passado na perícia presencial do INSS.
Reivindicação: Que o banco acate o atestado do médico acompanhante, pois ele tem mais condições de analisar as condições do trabalhador; e que se abstenha de convocar o exame de retorno para os casos em que o trabalhador tiver um atestado válido.
O banco não entrega a DUT dentro do prazo previsto na CCT ao trabalhador para realização da perícia no INSS, sendo que este documento é obrigatório. A falta do documento pode prejudicar o trabalhador na decisão da concessão do benefício previdenciário e acarretar em prejuízos no tratamento de saúde. Além do problema da demora, o documento chamado pelo banco de Declaração de Último Dia de Trabalho, traz informações tendenciosas (absenteísmo, prazo de estabilidade, negativa de risco no trabalho…)
Reivindicação: Cumprir a cláusula 46 da CCT e respeito aos prazos. Em alguns momentos o agendamento da perícia pelo INSS é praticamente de um dia para o outro, o que exige agilidade do banco para o fornecimento do documento ou autorização para os gerentes carimbarem o requerimento da perícia. E que se restrinja a inserir neste documento apenas o permitido e expresso em lei, não fornecendo opiniões tendenciosas que descaracterizam o documento.
Muitos trabalhadores questionam o banco por não realizar a abertura da CAT, tanto por problemas de doenças ocupacional (LER/Dort, assalto na agência e adoecimento mental), quanto nos casos em que os trabalhadores estão em trabalho presencial e acabaram se infectando pel coronavírus.
Reivindicações
Quando o benefício do INSS é indeferido, o valor que o banco antecipa é todo descontando de uma única vez, quando o empregado retorna ao trabalho e, muitas vezes, fica sem salário por até três meses.
Reivindicação: Que o banco parcele esses valores que foram antecipados ao trabalhador.
Em virtude da pandemia, os documentos previdenciários (carta de concessão, histórico de créditos, resultado de perícia e outros) estão com atraso para a emissão. Um bancário pode levar 60 dias para receber o resultado da sua perícia.
É importante o banco ter a ciência desta situação, pois não é responsabilidade do trabalhador, e sim do INSS, que disponibiliza apenas a o telefone da central 135 ou o aplicativo para atendimento, e não possibilita o acesso aos documentos de forma presencial.
O número de resultados considerados “aptos” para o exame de retorno, no Santander é muito maior do que nos demais bancos, mesmo em casos onde há interpretação diferente do médico acompanhante, e mesmo com os laudos e exames em dia comprovando a doença.
Reivindicação: Que os médicos tenham autonomia de trabalho.
Fonte: SEEB/São Paulo
Link: https://seebcgms.org.br/banco-santander/coe-encaminha-ao-santander-pauta-de-reivindicacoes-sobre-saude/