O Encontro Nacional dos Funcionários do Santander, promovido pela Contraf-CUT, começou na manhã desta terça-feira (12), no Hotel Boulevard São Luiz, no centro de São Paulo. Mario
Mario Raia enalteceu que, entre os 102 inscritos, há representantes sindicais e trabalhadores da base oriundos de diversos bancos que foram comprados pelo Santander. “Esse encontro
se dá num momento delicado da política brasileira, no qual poderíamos estar atuando na nossa base. Mas, estamos cumprindo nosso papel nessa importante discussão para os
trabalhadores do Santander”, completou.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, lembrou que a Campanha Nacional dos últimos anos aconteceu em momentos muito difíceis, mesmo assim toda a categoria estava
animada e disposta para lutar na defesa dos direitos e nos avanços das conquistas. “Apesar do mal desempenho da economia brasileira, os bancos continuam lucrando muito. Nós
temos um legado histórico. Somos resultado de um acúmulo de muita luta e estratégias vitoriosas. Precisamos da nossa unidade e mobilização em defesa dos direitos, dos empregos e
em busca de reajuste salarial”, convocou.
Roberto ainda avaliou que a crise brasileira tem outros interesses além dos políticos. “A real intenção do empresariado é diminuir o direitos dos trabalhadores. Tirar o poder de compra
e de decisão do povo brasileiro.”
Para Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, estamos vivendo o momento mais importante dos últimos 50 anos do
país. “Não podemos, como dirigentes sindicais, nos omitir. Isso vai afetar o futuro do Brasil e até do mundo, com o crescimento da direita. É hora de definir o modelo que teremos.”
Catia Uehara, da subseção do Dieese do Sindicato dos Bancários de São Paulo, fez uma análise do Programa de Participação nos Resultados do Santander dos últimos anos e uma
projeção para 2016. Cynthia Valente, do departamento jurídico do Sindicato, completou com um levantamento histórico jurídico da PLR desde sua criação.
Já Maria Leonor Poço, assessora da Contraf-CUT, analisou a cláusula 57. Antes do almoço ainda, foiram apresentados os dados da consulta nacional, uma demonstração do que os
bancários esperam da campanha.
Durante a tarde desta terça, os participantes se dividiram em grupo para discutir planos de saúde e previdência privada, saúde do trabalhador, emprego e condições de trabalho, além
do PPRS. Os quatro grupos também debateram estratégia e plano de lutas.
A apresentação do trabalho de cada grupo ocorrerá nesta quarta-feira (13), quando também serão definidos a pauta de reivindicações específicas, ações de luta e o calendário com as
próximas atividades.