16 de Dezembro de 2008 às 23:35
“É importante que o banco valorize seus funcionários, que são os maiores responsáveis pelos enormes ganhos que a empresa tem apresentado”, avalia Paulo Stekel, diretor da Contraf/CUT e funcionário do Santander. O PPR do Real tem regras diferenciadas e está sendo discutido. O banco também assumiu o compromisso de, no próximo ano, iniciar o debate do PPR em março.
Aditivo tem auxílio-educação maior – Foram conquistadas também melhorias no programa de bolsa de estudos, que cobre 50% do valor da mensalidade, desta vez até R$ 330,00 e ampliada para 1.250 postulantes, com mais cursos beneficiados.
Foi incluído, ainda, o pagamento proporcional da PLR aos que se aposentarem entre 2 de agosto e 31 de dezembro. Com isso, o banco atende a uma antiga reivindicação dos sindicatos.
O acordo prevê um conjunto de práticas sociais, como a ampliação do período de amamentação, atenção aos deficientes e adoção, renovando os prazos especiais de estabilidade no emprego pré-aposentadoria e a manutenção da Cabesp e Banesprev.
O banco também informou que está estudando a criação de um plano de previdência complementar para os trabalhadores que não tem.
A mesa de negociação volta a se instalar em 6 de janeiro e os sindicatos deverão realizar assembléias para referendar o acordo, o que deverá ocorrer somente no começo de janeiro.
Tecnologia – O banco informou ainda que os trabalhadores da tecnologia da informação do Real serão transferidos para a Altec e a Produban, pertencentes ao Grupo Santander Brasil com a manutenção de todos os direitos e benefícios, inclusive PLR e base sindical, da mesma forma como aconteceu com os funcionários do Santander.
Foram dois meses de reuniões para a renovação do Aditivo, que terminaram com importantes conquistas para os bancários. A diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa, coordenadora da mesa de negociações, considera que além do benefício financeiro, coloca-se em discussão a geração de vagas para enfrentar o processo de fusão.
Rita cita que, todos os dias, dirigentes de sindicatos e da Afubesp visitam os locais de trabalho. Também foram realizadas várias manifestações nos centros administrativos. “Com a pressão dos bancários, os resultados apareceram”, conclui a sindicalista.
Fusão – Os mecanismos a serem criados para garantir o emprego dos bancários também foram tema de discussão na negociação dessa segunda-feira. Nesse sentido, uma conquista importante foi o início de estudos para lançamento de um programa de antecipação de aposentadorias, o popular “pijama”. Sem apresentar dados, o banco se comprometeu a retomar essa discussão no início de janeiro. O programa desliga o bancário do trabalho, que continua recebendo seu salário e benefícios, cuja rescisão ocorre na época da concessão do benefício da aposentadoria.
Faz parte dos estudos a possibilidade de alguns benefícios para o desligamento dos que já podem se aposentar, como por exemplo, a manutenção do plano de saúde e cobertura dos vales alimentação, como pede o sindicato.
Esses dois programas deverão ser estendidos aos dois bancos e são uma reivindicação dos sindicatos para que haja geração de vagas para acolher os impactos da fusão.
Centro de Realocação – Os sindicatos solicitaram também que o Santander apresente o balanço das adesões ao programa “Venha Trabalhar na Rede”, dos dois bancos, cujo objetivo é realocar funcionários dos centros administrativos para os pontos de vendas e, da mesma forma que o pijama, preservar empregos.
A primeira etapa se encerrou nesta segunda, dia 15, e deverá ser reaberto periodicamente. Até a última sexta, dia 12, 450 trabalhadores dos dois bancos já haviam se inscrito no programa.
Encontro de dirigentes sindicais em fevereiro – Os trabalhadores do Santander e do Real realizam em 9, 10 e 11 de fevereiro o 3º Encontro Nacional para avaliar as negociações e juntar forças na luta contra as demissões.
Contraf/CUT, com Seeb/SP
Link: https://seebcgms.org.br/banco-santander/funcionarios-do-santander-terao-ppr-de-r-700/