10 de Março de 2008 às 10:53
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São Paulo/SP – Em reunião do Comitê de Relações Trabalhistas realizada na sexta-feira (7 de março), a Contraf/CUT cobrou da direção do Grupo Santander o fim das demissões imotivadas que continuam ocorrendo nas agências e departamentos. Para a representação dos bancários, esses desligamentos agravam a carência de funcionários, o que aumenta as filas e prejudica o atendimento e, consequentemente, a imagem do banco no mercado.
O presidente da Afubesp, Paulo Salvador, chegou a questionar os representantes da empresa se as demissões não estariam sendo feitas já pensando na fusão entre o Santander e o ABN/Real. Gilberto Trazzi, superintendente de Relações Sindicais, negou essa relação, jogando a responsabilidade para os gestores. Segundo ele, os desligamentos atendem decisões das próprias unidades.
A Contraf/CUT voltou a insistir que esses cortes não se justificam e cobrou a reintegração dos demitidos. O banco respondeu que irá analisar individualmente os casos que vierem a ser apresentados pela representação.
Outro tema importante tratado foi o problema dos afastados por problemas de saúde quando retornam ao trabalho: o banco não tem efetuado o desconto dos valores pagos a título de antecipação do benefício previdenciário no momento apropriado, o que causa um acúmulo da dívida a ser debitada no momento da volta do empregado à ativa. Some-se a isso o fato de as mensalidades da Cabesp e do Banesprev também deixarem de ser cobradas durante o período, tem-se um grande transtorno para esses trabalhadores, que terão que pagar tudo de uma vez. Ou seja, ficam sem salários.
A reivindicação é que seja definida uma regra, de modo que não haja acúmulo dos débitos e o funcionário não seja prejudicado. O banco faria o débito dos valores antecipados assim que o empregado receber os primeiros pagamentos do INSS.
Quanto às mensalidades da Cabesp e do Banesprev, foi solicitado que o funcionário possa optar pelo pagamento durante o período de afastamento (após começar a receber o benefício previdenciário) ou, no mês subseqüente ao retorno. A empresa ficou de estudar uma regra para ambos os casos.
A Contraf também denunciou que vários trabalhadores portadores de LER/Dort, com alta no INSS ou reintegrados por decisão judicial, estão sendo realocados nos núcleos de processamento, como em São Paulo e Porto Alegre, onde não têm atividades para desempenhar.Estas pessoas estão sendo discriminadas e vítimas de assédio moral.
A representação defendeu que esses trabalhadores retornem aos seus setores de origem ou sejam realocados em outras unidades do banco, onde possam exercer atividades compatíveis com suas restrições. O Santander alegou que há funcionários que não aceitam realocação. Entretanto, prometeu solucionar os casos apresentados.
Informações da Contraf/CUT e Afubesp