14 de Maio de 2013 às 09:21

Santander demite funcionária após licença maternidade em Porto Alegre

DISCRIMINAÇÃO

Após 12 anos trabalhando no Santander, em Porto Alegre, uma funcionária, de 43 anos, foi surpreendida ao voltar da licença maternidade e ver seu antigo cargo preenchido por outra pessoa.

Com isso, a bancária pediu para mudar de setor, onde não se adaptou e acabou tendo a sua demissão solicitada pelo gestor imediato. O caso foi denunciado na edição de domingo (12), dia das mães, no jornal Zero Hora. Só não foi informado o nome do banco privado.

Ao se apresentar para o exame médico demissional, foram constatados diversos problemas de saúde causados por lesões por esforços repetitivos, e a exoneração foi suspensa.

- Só nesse momento me dei conta do quanto estava mal e entrei em depressão. Assim, fiz uma reflexão de tudo o que me aconteceu e decidi entrar na Justiça por doença de trabalho, além de cobrar as horas extras e a equiparação salarial - relata a bancária.

Principais causas de ações trabalhistas

O jornal também apresentou reportagem sobre os motivos das maiores demandas na Justiça, destacando-se salários, horas extras, danos morais e não recolhimento do FGTS.

Dos cerca de 200 mil processos cadastrados no Tribunal Superior do Trabalho (TST), mais de um quarto destes se referem a honorários (35.785 por horas extras e 21.570 por intervalo intrajornada).

Além disso, tramitam 19 mil ações relativas a danos morais, 16 mil a terceirizações e 9 mil por adicional de insalubridade.

No Rio Grande do Sul, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) não tem registros por demandas, mas o cenário é parecido com o nacional:

- As questões das horas extras, adicional por insalubridade, verbas de rescisão de contrato, reconhecimento de vínculo de emprego e não recolhimento do FGTS são as principais causas de ações trabalhistas no Estado - afirma o juiz Marcelo Bergmann, do TRT4.

Fonte: Contraf-CUT com Zero Hora

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