9 de Maio de 2008 às 09:48
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O Santander elevou as metas de produção e, assim, alterou a forma e a pontuação dos programas. Com isso, muitos gerentes não atingirão os pontos necessários para ganhar alguma renda extra.
Segundo denúncias de bancários, o banco alterou o cálculo da média de pontos no primeiro trimestre. Antes, se alguém saía de férias, esse mês não era considerado. Agora, mesmo sem trabalhar, o banco divide por três meses, baixando a pontuação. Além disso, o número mínimo de pontos para ter renda variável, que era de 80, foi elevado para 100.
“O pior é que essas mudanças são retroativas a janeiro, apesar de terem sido divulgadas após o final do trimestre. Pelas minhas contas, eu tinha batido as metas e teria direito à renda variável, mas agora vejo que me passaram a perna e nada vou receber”, desabafa uma gerente indignada. “Isso não pode ficar assim”, protesta.
“Mudar regras no meio do jogo é mais um enorme desrespeito do banco a quem corre diariamente atrás das metas abusivas para garantir o seu emprego e fazer o banco crescer no mercado”, avalia o funcionário do Santander e diretor da Afubesp, Ademir Wiederkehr.
“Essas alterações serão cobradas do banco na próxima terça-feira, na reunião da CRT”, garante Paulo Stekel, da diretoria executiva da Contraf/CUT e também funcionário do Santander. “O banco não pode fazer esse tipo de coisa com os trabalhadores, ainda mais dessa forma, com alterações retroativas. Vamos exigir a revisão dessas regras”, declarou.
Informações da Contraf/CUT, com Seeb Porto Alegre e Afubesp